São Luís - Para falar sobre a implementação de projetos na área de educação escolar indígena, o secretário de Estado de Educação, João Bernardo Bringel, recebeu, nessa quinta-feira (20), em duas audiências, lideranças indígenas das aldeias Krikatis e Guajajara. Nas reuniões, os representantes das etnias indígenas apresentaram uma série de solicitações que, de acordo com o secretário, serão atendidas no menor espaço de tempo, de acordo com a disponibilidade técnica e orçamentária da Seduc.
Um grupo formado por 42 lideranças Guajajara de diversas aldeias de Barra do Corda, liderado por Paulo Pompeu e Rita de Kássia Pompeu, apresentou solicitações pontuais na área da merenda e transporte escolar, além de tratar sobre divergências nas matrículas de alunos de ensino fundamental e médio, com base na certidão de nascimento.
O secretário Bernardo Bringel garantiu que a Seduc fará uma detalhada análise técnica dos processos visando atender às reivindicações apresentadas no encontro.
Sobre a compra de merenda escolar indígena, Rita de Cássia elogiou a nova sistemática que consiste na transferência dos recursos para os caixas escolares das escolas-mãe. A forma de aquisição atende aos costumes dos povos indígenas respeitando hábitos, cultura e tradição alimentar da comunidade. Ela pediu que não haja mudanças neste modelo de compra.
O secretário garantiu que as compras dos produtos da cesta de alimentação escolar serão feitas nos locais indicados pelas lideranças indígenas, acompanhados de técnicos da Seduc.
Krikatis
Depois da reunião com os povos Guajajara, o secretário de Educação recebeu um grupo formado por 10 lideranças indígenas dos povos Krikatis, da Região de Sítio Novo. O grupo estava sob a liderança de Lourenço Krikati, que também apresentou diversas solicitações.
Paulo Lourenço sugeriu a construção de escolas em três aldeias, melhoria no sistema de transporte escolar e a conclusão das obras de um colégio de ensino fundamental e médio para 460 alunos. Ele solicitou que as escolas sejam construídas obedecendo aos padrões arquitetônicos dos costumes indígenas e disponham de quadra poliesportiva coberta, refeitório e auditório.
O líder indígena propôs, ainda, a realização de seminários para debater a política de educação escolar indígena, justificando que os Krikatis desejam uma educação diferenciada e que valorize a linguagem escrita dos seus antepassados. O secretário Bernardo Bringel prometeu analisar os pedidos, frisando que essas questões serão discutidas com os gestores regionais nos próximos dias.
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