Secretário-adjunto da Sagrima, Raimundo Coelho, fala das ações da secretaria

São Luís - A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) realizou reunião com diversos parceiros para criar um Grupo de Trabalho que será responsável pela formulação de um projeto de capacitação de pescadores para o desenvolvimento da pesca artesanal e industrial maranhense.
O encontro aconteceu na Sala de Reuniões da Vice-Governadoria e reuniu o secretário-adjunto da Sagrima, Raimundo Coelho de Sousa; a secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectec), Olga Simão; o presidente da Agência de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp), Jorge Fortes; além dos prefeitos de Central do Maranhão, Irã Costa; de Apicum Açu, Sebastião Monteiro; de Guimarães, Padre William Guimarães da Silva; de Porto Rico, Celson César Mendes; além de professores do Curso de Engenharia de Pesca da Uema e representantes da Fapema, da Capitania dos Portos do Maranhão e da Univima.
O superintendente de Promoção e Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura da Sagrima, José de Ribamar Rodrigues Pereira, informou que em reunião do secretário da Sagrima, Cláudio Azevedo, com o secretário de Planejamento e Ordenamento da Pesca do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Eloy de Sousa Araújo, ele informou que estava sendo feito um convênio do governo brasileiro com o governo japonês para aumentar a captura da pesca no Brasil.
José de Ribamar Pereira disse que faz parte do convênio com o governo japonês a realização de um curso de pescadores em alto mar realizado no Estado do Rio Grande do Norte. “Nós podemos verificar essa experiência e adaptar à realidade do nosso estado e para isso teremos o apoio do Ministério da Pesca para realizar estas ações”, explicou o superintendente da Sagrima.
O secretário-adjunto da Sagrima, Raimundo Coelho de Sousa, afirmou que, também, faz parte das ações da secretaria estadual para os próximos anos, no que se refere ao apoio a pesca e a aquicultura, a distribuição de alevinos e de pequenos apetrechos de pesca, tais como motores de rabeta, rede, boias e caixas térmicas. “Trabalharemos também na implantação de tanques escavados e projetos de tanques rede”, explicou.
O Grupo de Trabalho que será coordenado pela Sagrima vai levantar as demandas e discutir os cursos que serão realizados, o público alvo e a grade curricular. “Serão cursos voltados para pescadores, mas precisamos qualificar também a mão de obra para trabalhar, por exemplo, com a manutenção dos motores dos barcos”, explicou Pereira.
A secretária da Sectec, Olga Simão, colocou à disposição a metodologia do ensino à distância com a estrutura dos laboratórios da Sectec e da Univima e também o apoio do Programa Maranhão Profissional para a capacitação do público que será definido pelo Grupo de Trabalho. “É uma determinação da governadora Roseana Sarney trabalhar em parceria e de forma integrada e o desenvolvimento da pesca e a aquicultura faz parte dos focos prioritários para a inclusão produtiva que o governo estadual está trabalhando no Programa de Combate a Extrema Pobreza”, ressaltou Olga Simão.
Potencial - O Estado do Maranhão possui um litoral com 640 quilômetros de extensão, considerado o maior da Região Nordeste e o segundo maior do Brasil. É também rico de águas doces. Seu território abriga as Bacias Hidrográficas do Mearim, Itapecuru, Médio e Baixo Parnaíba, Alto Parnaíba, Litoral Oeste, Litoral Leste, Rio Grajaú, Rio Gurupi, Pindaré e Tocantins, que juntas apresentam um enorme potencial para a pesca e aquicultura.
A produção total pesqueira estimada para o Maranhão (2009) foi de 70.363,4 toneladas, sendo 40.561,4 toneladas de pesca extrativa marinha, 28.152,4 toneladas de pesca continental, 251,8 toneladas de aquicultura marinha e 1.397, 8 de aquicultura ocidental.
As principais espécies capturadas são: pescada amarela, pescada gó, serra, bagre e tainha.