A conclusão dos trabalhos para classificar como Zona Livre de Febre Aftosa sete estados do Nordeste, dentre os quais o Maranhão, será pauta da reunião, nesta terça-feira (26), entre o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), Cláudio Azevedo, e o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), Fernando Lima, com o chefe do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques.
A reunião acontecerá a partir das 9h, na sede do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em Brasília. Foram convidados pelo Mapa todos os secretários de Agricultura dos sete estados que fazem parte do Projeto de Ampliação da Zona Livre de Febre Aftosa, elaborado pelo Governo Federal, em parceria com os estados do Maranhão, Piauí, Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Pará, aonde a região Leste do estado ainda é classificada como zona de médio risco da doença.
No encontro, em Brasília, serão avaliadas as implementações das medidas técnicas e estruturais recomendadas pelo Mapa. Também será feita uma atualização dos trabalhos e delineamento de estratégias conjuntas para que os estados sejam classificados nacionalmente como zonas livres de febre aftosa com vacinação.
Na oportunidade, será discutida, ainda, a fase final de execução do inquérito soroepidemiológico realizado em todos os estados que pleiteiam a nova classificação. “Esta é uma reunião decisiva porque iremos solicitar ao Ministério que cumpra o acordo de classificar nacionalmente o Maranhão como zona livre, pois já cumprimos todas as exigências feitas pelo Mapa”, enfatizou Cláudio Azevedo. “É preciso, ainda, que o Governo Federal envie o pedido de classificação internacional à Organização Mundial de Saúde Animal, o que deve ser feito ainda no primeiro semestre deste ano”, complementou o secretário.
Cláudio Azevedo lembrou que o resultado da não circulação do vírus da febre aftosa, comprovada no resultado da sorologia do rebanho maranhense, no ano passado, cumpriu, de acordo com o cronograma estipulado pelo Mapa, a última etapa para que o estado seja certificado nacionalmente como zona livre da doença. “O Governo do Maranhão fez sua parte e foi o primeiro estado a concluir a sorologia. Agora esperamos que o Mapa cumpra o acordo e eleve nossa classificação sanitária”, concluiu.
Classificado em 2004 como Zona de Médio Risco de Febre Aftosa e sem nenhum registro de foco da doença nos últimos 12 anos, o Maranhão vem desenvolvendo desde 2011, segundo o secretário da Sagrima, uma série de ações que o credenciam a receber a nova classificação sanitária.
O primeiro resultado dessas ações apareceu logo em 2011, quando, após uma auditoria realizada nos sete estados que almejam a nova classificação, o Maranhão ficou em primeiro lugar, atendendo a 89% dos 28 itens avaliados pelo Ministério da Agricultura, relacionados aos serviços de atenção veterinária prestados pela Aged, órgão vinculado à Sagrima.
Na segunda auditoria, realizada em 2012, o Maranhão mais uma vez foi destaque sendo o único a alcançar 100% de satisfação nos serviços de atenção veterinária prestados em todo o estado.
O recorde do índice de cobertura vacinal de 97% do rebanho – o maior já alcançado em dez anos de campanhas oficiais -, a aprovação do Plano de Cargos Carreiras e Remuneração (PCCR) pela governadora Roseana Sarney, beneficiando cerca de 320 servidores da Aged, também foram apontadas por Cláudio Azevedo como ações que atenderam às exigências do Mapa para que o Maranhão seja classificado como Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação.