Prontos para atuar no transporte e resgate de pacientes em todo o estado, a primeira turma de Resgate Aeromédico do Maranhão realizou, em 10 dias de operação, seis atendimentos em São Luís, Barreirinhas, Santa Inês, Cururupu e São João dos Patos. O serviço foi implantado semana passada, por meio de uma parceria entre as secretarias estaduais de Saúde (SES) e Segurança Pública.
“Nós continuamos investindo em equipamentos e nos profissionais para assegurar maior assistência e atendimento de qualidade a todos os maranhenses. E agora o resgate aeromédico serve de apoio à rede hospitalar que estamos implantando em todo o Maranhão”, ressaltou o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad.
Formada por nove médicos e 11 enfermeiros da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a equipe trabalha em regime de plantão 24 horas e funciona na sede do Grupo Tático Aéreo (GTA). Em cada plantão trabalham um médico, um enfermeiro, um operador tático especializado e dois pilotos.
De acordo com a enfermeira Joselia Alves, que integra a equipe de aeromédicos, a maioria das ocorrências é de vítimas de acidentes envolvendo carros e motos.
Um dos casos mais graves atendidos pelos aeromédicos ocorreu no município de Cururupu. Vítima de acidente automobilístico, o paciente, cujo carro colidiu com um caminhão, teve politraumatismo. “O estado dele era muito grave e, se não fosse a possibilidade de ser transferido por uma UTI aérea com equipe especializada, talvez não conseguisse chegar ao hospital ainda com vida”, disse a enfermeira.
Outra importante intervenção dos aeromédicos foi realizada em Barreinhas, sábado passado. O pequeno Werlison Sousa Conceição, de apenas um ano e sete meses, acometido de pneumonia e com quadro de infecção respiratória grave foi resgatado pela equipe que o transportou para Coroatá, onde foi internado na UTI pediátrica do Hospital Macrorregional Alexandre Mamede Trovão.
Capacitação
Os aeromédicos são capacitados para atuar no transporte e resgate com utilização de helicópteros do GTA, conforme as exigências do Conselho Federal de Medicina, bem como as regulamentações aeronáuticas e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Além de São Paulo e Paraná, apenas o Maranhão dispõe de Resgate Aeromédico. Para fazer o transporte dos pacientes de forma adequada, a aeronave tem UTI completamente montada.
O curso teve duração de três meses e a grade curricular abrangeu disciplinas como terminologia aeronáutica, conhecimentos técnicos, segurança de voo, fisiologia de voo, fraseologia operacional, adaptação ao meio liquido, embarque e desembarque de helicópteros, resgate em locais de difícil acesso e assistência ao paciente aerotransportado. (Carla Melo)
Publicado em Regional na Edição Nº 14506
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