Os meses recentes registraram altos índices de queimadas no Maranhão, elevando ao maior número de focos de incêndio nos últimos seis anos. Em 2017, o Maranhão já está em terceiro lugar no ranking de estados com o maior foco de queimadas no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, com mais de 23 mil focos de incêndio. O destaque está para a cidade de Grajaú que está em 7º lugar no país, entre os municípios com maior focos de incêndio, com mais de 2 mil e 500 ocorrências.
Em 2016, foram registrados pouco mais de 11 mil focos. Por conta da baixa umidade do ar nesse período, as chances de incêndios triplicam, além da possibilidade do fogo se espalhar pela vegetação, colocando em risco a saúde da população que mora próxima às áreas com focos de queimadas.
As queimadas próximas à rede oferecem diversos riscos, inclusive para o sistema elétrico e para as pessoas, uma vez que com o aumento de temperatura há uma dilatação dos cabos da rede de distribuição, diminuindo o afastamento desses cabos em relação ao solo e eventualmente levando ao seu rompimento, principalmente quando atingida por arvores que tombam sobre as redes elétricas. Além disso, o fogo prejudica o tempo para a correção das redes danificadas, uma vez que as equipes de plantão só conseguem agir com segurança, após a debelação do fogo.
De julho a setembro de 2017 já foram registradas 25 ocorrências de queimadas com impacto ao fornecimento de energia elétrica para o estado do Maranhão, enquanto que no mesmo período de 2016 foram 12 ocorrências, um aumento de 108%. Isso acontece por vários fatores relacionados ao período de estiagem, sobretudo em função das queimadas com intervenção humana para a colheita da cana de açúcar em algumas regiões do estado, assim como para o preparo de áreas para o plantio de roças por produtores rurais. Além disso, autoridades ambientais também relatam as ações de incêndios criminosos relacionados a extração ilegal de madeira, e queimadas provocadas por fumantes que descartam as pontas de cigarros acesas às margens das estradas.
Outras situações destacadas pela Cemar foram os afundamentos de tensão (quedas bruscas de energia com restabelecimento imediato) nas linhas de transmissão que fazem parte do Sistema Interligado Nacional, que comprometem o fornecimento para as subestações da Cemar.
O gerente de Operações do Sistema Elétrico da Cemar, Sergio Valinho, destacou as ações da Companhia no sentido de minimizar os efeitos dessas ocorrências no sistema elétrico no Maranhão. “Estamos empenhados e em permanente contato com o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, relatando os prejuízos com tal situação. Cobramos medidas eficientes no sentido de mitigar a continuidades desses eventos que trazem transtornos aos clientes da Cemar, principalmente industriais, por possuírem cargas mais sensíveis a este tipo de evento no sistema elétrico”.
Segundo dados da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), as regiões do Estado como São Luís, Peritoró, Miranda, Coelho Neto, Santo Antonio dos Lopes, Presidente Dutra, Barra do Corda e Imperatriz foram as mais afetadas recentemente pelos afundamentos de tensão. As interrupções bruscas e momentâneas, ocasionadas pela perda de suprimento, são mais percebidas pelos clientes atendidos em alta tensão e com subestação própria.
Além do ONS, a Companhia também está em contato com a direção regional da Eletrobras Eletronorte, Chesf, Celeo e EATE para que possam tratar os afundamentos de tensão nas linhas de transmissão da rede básica em algumas regiões do estado de forma preventiva. Em todas as demais ocorrências relacionadas a queimadas, registradas este ano, as equipes da Cemar trabalharam intensamente para restabelecer o fornecimento da energia para as áreas atingidas no menor tempo possível.
A Cemar alerta ainda, que é preciso tomar cuidado para que esses incêndios não cheguem até a rede elétrica, pois podem causar curtos circuitos ou romper os cabos da rede de distribuição, podendo ocasionar acidentes e interromper o fornecimento de energia elétrica.

Ações preventivas

• Evite fazer queimadas, principalmente próximo das redes de energia elétrica;
• Não jogue pontas de cigarro acesas às margens de rodovias ou próximo a qualquer tipo de vegetação;
• Caso resolva acampar, apague com água as cinzas da fogueira para evitar que o vento leve as brasas para a mata;
• Evite acender fogueiras na época da estiagem;
• Não coloque fogo em terrenos baldios ou lixões;
• Agricultor: evite as queimadas no preparo da roça; e
• Produtor rural: utilize formas alternativas de manejo de pastagens e evite as queimadas;
Pessoas que identificarem princípios de incêndio próximos das redes de energia elétrica, podem ligar para o Corpo de Bombeiros por meio do telefone 193 e para a Central de Atendimento da Cemar através do 116, devendo informar o endereço com ponto de referência. Para mais informações acesse o site  www.cemar116.com.br ou vá a uma das agências de atendimento da Cemar.  (Assessoria de Imprensa da Cemar)