O mês de setembro foi marcado por muitas queimadas e princípios de incêndios em todo o Estado. Problema que todos precisam ficar atentos. Exemplo desse fato foi um incêndio com proporções médias que atingiu a vegetação da praia de São Marcos na Avenida Litorânea, em São Luís. Segundo testemunhas, o fogo começou depois que a brasa de um rojão (foguete), disparado por um integrante de uma carreata política, atingiu a vegetação que cobre as dunas, destruindo animais como cobras, lagartos e uma relevante extensão de vegetação na região.
Foi no mês de setembro, também, que a CEMAR registrou ocorrência de falta de energia, que afetou mais de 60 mil pessoas, devido queimadas provocadas por terceiros nas proximidades do município de Vitória do Mearim. A falta de energia também afetou os municípios de Monção, Igarapé do Meio e Santa Inês.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), este ano o Maranhão lidera ranking de queimadas com mais de nove mil focos de incêndio registrados entre janeiro e agosto. No Estado, as cidades de Mirador e Grajaú aparecem entre as cidades com mais queimadas, com respectivamente 1.152 e 841 focos registrados, perdendo apenas para Corumbá (MS), que registrou 2.183 focos. Um dado preocupante é que 80% dos focos de queimada em Grajaú foram registrados apenas no mês de agosto.
Informações da coordenação do Programa de Prevenção de Incêndios do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) este ano a situação das queimadas no Estado se agravou. Em relação ao ano passado, houve um aumento de mais de 300% no número dos focos de incêndio. Sendo que o mês de setembro foi considerado o mais crítico, e este quadro pode ser agravado com o prolongamento do período de estiagem no mês de outubro.
Segundo dados do Centro de Operações Integradas da CEMAR, de janeiro a agosto deste ano foram registradas 15 interrupções motivadas por queimadas, mais que o dobro de 2011, com 6 ocorrências no mesmo período do ano passado. O engenheiro e Gerente de Operação do Sistema Elétrico da Companhia Rubens Briseno, chama a atenção que cada um desses casos as equipe demoram em torno de 40 minutos para restabelecer a energia, o que gera desconforto para a população.
Rubens Briseno ressalta que a Companhia realiza um trabalho educativo e de conscientização para as pessoas evitarem a prática das queimadas. O engenheiro orienta que “a população utilize os canais de comunicação da CEMAR, como o 116, para denunciar os focos de incêndio que possam afetar a rede elétrica e também podem comunicar o Corpo de Bombeiros para que assim possamos evitar mais prejuízos”.
Outras dicas importantes para evitar problemas com as queimadas: não jogue pontas de cigarro acesas às margens de rodovias ou próximo de qualquer tipo de vegetação; caso resolva acampar, apague com água as cinzas da fogueira para evitar que o vento leve as brasas para a mata; não solte balões com fogo; evite acender fogueiras na época da estiagem (maio à outubro); não coloque fogo em terrenos baldios ou lixões, não solte foguete próximo da rede elétrica. (Assessoria de Imprensa da CEMAR)
Publicado em Regional na Edição Nº 14530
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