Foram 47 quilômetros de pavimento novo mais 11 de recuperação.

Antes, a chegada do inverno era sinônimo de preocupação para quem mora ao longo da rodovia Padre Josimo Tavares, mais conhecida como Estada do Arroz. Por causa das condições da via, muitas vezes os moradores ficavam em situação de isolamento. “Cansei de ajudar vizinhos a desatolar os carros nessa estrada. Era um sufoco muito grande”, lembra o aposentado José Edilson Ferreira.
A situação ficou só na lembrança dos moradores das 25 comunidades beneficiadas pela pavimentação, entregue no ano passado. Mesmo com o período chuvoso intenso, a qualidade da estrada surpreendeu a população. “Nunca tinha visto a gente chegar na cidade em 15 minutos, ainda mais no inverno”, conta o estudante Eduardo Sá.
Francisca Feitosa trabalha como agente operacional em um posto de saúde próximo à rodovia Josimo Tavares. Ela acredita que a maior mobilidade proporcionada pela pavimentação melhorou até o acesso a saúde. “Agora enfermeiros e médicos vêm aqui uma, duas vezes por semana. Antes eles nem vinham por causa da estrada. A ambulância chega mais rápido. Melhorou a saúde no geral”, avalia.
A lavradora Maria das Graças da Silva mora em uma das comunidades contempladas pelo asfalto, Olho D’Água dos Martins, há 45 anos. Ela conta o drama dos moradores antes da chegada do asfalto. “Cansei de chegar aqui 12h da noite, a pé, porque não tinha estrada. Uma vez tive que levar meu menino doente em uma moto porque não passava carro”, lembra.
Já para a funcionária pública Nilcilene Maria da Silva, a pavimentação melhorou até o transporte público. “A rodovia está moderna. Antes, nós íamos a Imperatriz, mas não tínhamos horário para voltar. Os transportes não queriam vir para cá porque tinha prejuízo por causa dos atoleiros. Agora a gente vai de Cidelândia a Imperatriz na hora que precisa”, disse.
O Governo Flávio Dino recebeu a via com vários equívocos no projeto de execução de pavimentação. Questões básicas não estavam inclusas, como a urbanização e o redimensionamento no pavimento onde há maior fluxo de veículos. Por isso, a primeira iniciativa foi a readequação para garantir a qualidade nos serviços.
Em algumas partes da rodovia, a terraplanagem foi executada com um volume oito vezes maior do que o previsto anteriormente e na maioria dos trechos a largura da via aumentou. É o caso de Olho D’Água dos Martins, onde a estrada tinha uma largura de 7m e passou para 13m.
Foram 47 quilômetros de pavimentação completa e 11 quilômetros de recuperação dos trechos que já estavam asfaltados, mais a construção de nove pontes de concreto, interligando Imperatriz à Cidelândia.
Além de melhorar a mobilidade dos moradores, a pavimentação proporcionou uma alternativa para quem precisa deslocar ao Pará, o que contribui para desafogar o fluxo de veículos na BR-010. Outro benefício é o escoamento da produção dos pequenos agricultores. (SECOM)