O Programa de Incentivo às Atividades Industriais no Maranhão - ProMaranhão, criado pela governadora Roseana Sarney, em 2010, já conta com 24 novas indústrias, em funcionamento ou em fase de implantação, distribuídas por 10 cidades de diferentes regiões do Estado. Esses empreendimentos representam investimentos de mais de R$ 7 bilhões e já colocam no mercado de trabalho mais e 54 mil pessoas, entre empregados diretos e indiretos – a relação é de 3 indiretos para cada direto.
Diante desses resultados, a governadora Roseana Sarney afirmou que o ProMaranhão foi um grande acerto e que muito mais investimentos, em razão desse programa, irão acontecer no estado. “São sete bilhões de reais em investimentos e mais de 54 mil postos de trabalho em razão de uma das alternativas que desenvolvemos para a industrialização do Maranhão. Numa outra ponta estão os mais de 120 bilhões de reais em investimentos públicos e privados, dentre os quais a refinaria da Petrobras, com uma perspectiva de aproximadamente 250 mil empregos”, ressaltou Roseana Sarney.
Das 24 empresas beneficiadas pelo ProMaranhão, 11 optaram pela capital, enquanto 13 foram para o interior. Cidades como Miranda do Norte, Itapecuru Mirim e Governador Edison Lobão, entraram para o mapa da industrialização do Maranhão.
São 13.733 empregos diretos e mais de 41 mil indiretos. Cinquenta e quatro mil pessoas trabalhando representam, em termos quantitativos, as populações inteiras de cidades como Tutóia e Zé Doca. Somente na construção da fábrica de celulose da Suzano, em Imperatriz, quando atingir o pico da obra em março de 2013, serão 9.000 empregos diretos.
Os dados positivos foram apresentados pelo secretário de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo, durante a avaliação do Seminário “Maranhão: Oportunidade de Investimento”, realizado pelo Governo do Estado, em parceria com o Jornal Valor Econômico.
O programa
O ProMaranhão se destina a atrair indústrias e agroindústrias. Funciona com a dispensa do pagamento de 75% do saldo devedor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por até 20 anos, dependendo de cada situação, por exemplo, se a atividade é ou não pioneira na região em que ela se instala.
O benefício aumenta para os empreendimentos que se implantam ou se transferem para municípios com IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, inferior ao índice médio do Estado. Serve também para ampliação de negócios, como foi o caso da Ambev, que duplicou sua fábrica de cerveja e o número de empregados.
Maurício Macedo informou que o programa age em duas frentes: na aceleração do desenvolvimento econômico do Estado e no combate à pobreza extrema, levando oportunidade de emprego e distribuição de renda para as regiões até então distantes da industrialização.
Segundo a Sedinc, existem mais pedidos de ingresso no ProMaranhão e que pelo menos cinco novas empresas devem receber esse incentivo nos próximos dias. “O ProMaranhão já nos oferece o efeito de ampliação de negócios e da agregação de valores às cadeias produtivas, como é o caso da Brascopper, que fabrica fios, cabos elétricos e vergalhões de alumínio, a partir do alumínio líquido fornecido pela Alumar”, salientou o secretario Maurício Macedo.
Brascopper gera 230
empregos em São Luís
Uma das indústrias instaladas em São Luís, graças aos incentivos do ProMaranhão, é a fábrica de condutores elétricos de cobre e alumínio, Brascopper. Localizada no Distrito Industrial de São Luís, de acordo com o gerente comercial, Ricardo Jardim, a empresa já gerou 230 empregos diretos e indiretos, o que tem possibilitado a produção de mil toneladas de cabos e vergalhões por mês, que são comercializados para concessionárias de energia elétrica de todo Norte e Nordeste do país.
Para os profissionais que hoje integram o quadro de empregados da Brascopper, o programa de incentivo às atividades industriais representou uma guinada em suas carreiras. É o caso do supervisor de laminação João Egídio Júnior, que em pouco mais de um ano viu a vida tomar um novo rumo. “Eu acredito muito em ciclos. E acho que naquele momento um ciclo estava se fechando, para um novo se abrir. Por acaso, eu passei pelo local onde a fábrica estava se instalando e, por curiosidade, resolvi perguntar o que era aquela obra. Acabei conhecendo um dos gestores de implantação da indústria, que pegou os meus contatos e, para minha surpresa, cinco meses depois, me chamou para trabalhar”, contou.
Embora contratado para desempenhar a mesma função que realizava na empresa em que antes trabalhava, Egídio Júnior diz que em tudo valeu a pena envolver-se no novo projeto: “Na indústria em que eu trabalhava, eu desempenhava a mesma função. Há vários anos. Era muita gente e nem sempre as oportunidades surgiam para todos. Na Brascopper, em menos de um ano, tive três promoções e alcancei um status na minha carreira, até por conta da minha formação profissional. Hoje sou supervisor de laminação aqui na Brascopper e, inclusive, lido com os meus antigos gestores, já que compramos matéria prima da fábrica em que trabalhei”, diz.
João Egídio disse que os investimentos que estão chegando no estado estão abrindo novas oportunidades de empregos para a população maranhense. “Há 15, 20 anos, um pai de família que trabalhava nessa área em que eu trabalho temia perder o emprego a qualquer momento e não ter uma nova oportunidade tão cedo, até porque só havia duas empresas desse setor no Maranhão. Hoje, com o incentivo para que cada vez mais novas indústrias operem no estado, já podemos respirar mais aliviados e até pensar em crescimento profissional”, finalizou.
Publicado em Regional na Edição Nº 14569
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