Entre os assuntos abordados no treinamento estão: epidemiologia das leishmanioses, diagnósticos clínicos e tratamento

Médicos, enfermeiros e farmacêuticos tanto da rede pública de saúde quanto da rede privada participaram na última quinta feira (04) no auditório do Hospital Municipal Socorrão, de uma atualização em diagnóstico clínico da Leishmaniose. O objetivo da capacitação promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) foi sensibilizar os médicos e enfermeiros para a importância do diagnóstico precoce, e a forma mais indicada de tratamento para a doença. 
A técnica do Departamento de Controle de Zoonoses da SES, Monique Maia, explicou que o objetivo da capacitação é obter um diagnóstico precoce da doença e, com isso, reduzir a taxa de letalidade no Estado. “Os profissionais que estão participando deste treinamento vão atuar como multiplicadores de conhecimento, dentro das suas unidades de serviço”, observa.
Segundo ela, por isso a capacitação foi oferecida dentro do Hospital Municipal, porque ele atende uma grande área de abrangência, e com isso, diversos municípios do Maranhão estarão sendo contemplados com melhoria no tratamento da leishmaniose.
“Baseado nos nossos atuais dados, nós identificamos que era necessário que a regional de Imperatriz e o próprio município – que é pólo, recebesse um suporte maior de atualização de modo a evitar que haja aumento no número de casos da leishmaniose na cidade e na Região Tocantins, bem como, evolução das gravidades causadas pela doença”, explica Monique ao ressaltar que as orientações da capacitação foram pautadas no tratamento e nos serviços que a rede pública dispõe.
Para o enfermeiro Fábio Vilela, que participou do treinamento durante toda a manhã, foi muito proveitoso, porque pôde melhorar seus conhecimentos a respeito da doença a partir de agora, poderá atender e acompanhar os pacientes acometidos com leismaniose de forma mais eficiente.
“Muito salutar a capacitação, porque aqui eu pude tirar as dúvidas sobre método de tratamento, dose administrativa, protocolos a serem preenchidos pelo médico, exames complementares para diagnosticar a doença, teste rápido que está sendo implantados no Maranhão, descentralização do tratamento e qual público tem direito a esse medicamento”, exemplificou Fábio.
Fique atento - As Leishmanioses são doenças infecciosas, porém, não contagiosas, causadas por parasitas do gênero leishmania. A Tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. A Visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea.
Dentre os assuntos abordados no treinamento estão a epidemiologia das leishmanioses, diagnósticos clínicos, tratamento e aspectos relacionados à co-infecção leishmania/HIV, com discussão dos casos clínicos. Além disso, foi mostrado também como fazer os procedimentos de notificações, como fazer acompanhamento do paciente por meio do Serviço de Vigilância Epidemiológica e as ferramentas diagnósticas disponíveis hoje dentro da Rede Pública de Saúde e como ter acesso a estes serviços.  Maria Almeida [ASCOM]