Com o objetivo de intensificar o combate à hanseníase, a Prefeitura de Imperatriz, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), capacita profissionais que atuam na Atenção Primária do Município. O treinamento, que teve início em 2013, realiza mais uma etapa, que iniciou ontem (30) e segue durante toda a semana. O curso conta com a participação de 60 profissionais.
Direcionada aos médicos e enfermeiros da Estratégia e Saúde da Família, a capacitação visa ampliar os conhecimentos sobre Diagnóstico Precoce e Tratamento da Hanseníase, de forma que a doença possa ser identificada e tratada em todas as Unidades Básicas de Saúde de Imperatriz, diminuindo assim a demanda reprimida do Centro de Referência em Dermatologia Sanitária.
“O tratamento precisa estar o mais próximo possível da comunidade, e treinando os médicos e enfermeiros que estão nos postos de saúde, estaremos aptos a fazer diagnósticos o mais cedo possível e também a tratar o paciente em seu próprio bairro”, informa Francisco Cutrim, coordenador do Programa de Hanseníase do Município, ao ressaltar que dessa forma o paciente tem a comodidade de fazer o tratamento e acompanhamento na sua UBS de referência.
Para a secretária de Saúde, Conceição Madeira, “capacitar os profissionais para desenvolver uma atenção qualificada ao portador de hanseníase é de fundamental importância, visto que, de acordo com o Sistema Único de Saúde – SUS, a educação continuada é um pilar importantíssimo para que o profissional se sinta seguro no sentido de prestar uma atenção qualificada para o usuário. E Imperatriz é um dos municípios brasileiro importantes no controle da hanseníase”.
Assim sendo, a capacitação se divide em dois momentos – teoria (segunda e terça-feira) e prática no restante da semana, quando os profissionais divididos em equipes farão atendimento na Unidade Básica de Saúde Milton Lopes. Vale ressaltar que a prática será feita por meio de atendimento aos pacientes já diagnosticados com hanseníase, que foram contatados pela Secretaria Municipal de Saúde.
Vale ressaltar ainda, segundo Cutrim, que o treinamento ajuda a implementar os serviços de saúde e tem como relevância aumentar o nível de conhecimento dos profissionais com relação a doença, e consequentemente melhorar o diagnóstico, fazendo com que ele seja feito precocemente.
Cutrim salienta ainda que o maior problema da hanseníase é a falta do diagnóstico precoce, “porque dessa forma a pessoa entra tardiamente no programa, com um grau de incapacidade elevado, e quanto mais cedo o diagnóstico, maior a possibilidade de se trabalhar a prevenção da incapacidade”. [Maria Almeida – ASCOM]
Publicado em Regional na Edição Nº 15470
Profissionais da Atenção Básica do Município recebem treinamento sobre hanseníase
A capacitação visa descentralizar o atendimento de diagnóstico e tratamento da doença
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