São Luís - Entre os dias 18 e 22 de outubro, o professor Hamilton Almeida participou ativamente do Amazontech 2011, que aconteceu em Palmas, no Tocantins, com a apresentação do “Programa Bicombustível do Estado do Maranhão”, por meio da utilização do óleo de babaçu.
O evento é uma promoção do Sebrae e Embrapa, que percorre os estados da Amazônia Legal a cada dois anos, promovendo o intercâmbio de conhecimentos e tecnologias voltados para o aproveitamento das potencialidades da Amazônia. Também estimula boas experiências de inovação empresarial, desenvolvimento sustentável, projetos e negócios ecologicamente corretos, focados na auto-sustentabilidade da região.
Nessa edição, a Uema foi representada pelo professor Hamilton, que esteve à frente da exposição do protótipo da quebra mecânica do coco de babaçu para produção de biodiesel, que faz o aproveitamento integral do babaçu (epicarpo, mesocarpo, endocarpo e amêndoa) para utilização como insumo de diversos produtos industrializados - uma criação de Demóstenes Cardozo Leite.
No estande, onde houve a instalação da máquina, também houve a apresentação de banner e mostruário dos subprodutos do babaçu, folders e folhetos e informações técnicas da aplicação das vantagens do protótipo do coco de babaçu, que chamou a atenção de cerca de 480 visitantes.
A exposição teve como resultado o financiamento do protótipo por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), com finalidade de reprodução de protótipos para as cooperativas e associações das quebradeiras de coco de babaçu e para as comunidades carentes da região.
O potencial do babaçu destaca-se entre as sementes oleaginosas, como matéria-prima potencial para a produção de óleo diesel vegetal. A grande motivação do coco para produção de biodiesel no Maranhão está no aproveitamento de um recurso natural já existente e pouco explorado, em condições de gerar benefícios econômicos, sociais e ambientais.
A fonte desse novo combustível está na imensidão da floresta de babaçu no Maranhão, que equivale a uma área de ocorrência espontânea de 10.297.779 hectares, com condições de gerar, além do biodiesel, uma miscelânea de produtos, que, por sua vez, representam um potencial de transformação de aproximadamente 840 milhões de litros de álcool, quase 1,7 milhões de toneladas de carvão, 420 mil toneladas de óleo comestível, 1,7 milhões de metro cúbicos de gás combustível, além de 1,25 milhões de toneladas de epicarpo a serem utilizadas sob a forma de combustível. (ASCOM - Joliane Bimbato)
Publicado em Regional na Edição Nº 14240
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