O volume de produção na indústria maranhense aumentou no mês de março de 2012 frente a fevereiro, conforme índice de 56 pontos registrado na Sondagem Industrial do Maranhão (marcações acima de 50 pontos sinalizam variação positiva). A pesquisa produzida pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) manifesta o olhar dos empresários sobre o desempenho da produção, do emprego, dos estoques e da utilização da capacidade instalada da indústria (UCI).
De acordo com o estudo, a indústria retomou a atividade no Estado, no Brasil (54,6 pontos) e no Nordeste (55,0 pontos) após o início do ano, período que interfere no ritmo de produção.
A redução dos estoques de produtos finais na indústria maranhense, que ficou em 48,3 pontos em março comparado a fevereiro, é um dos fatores que demonstra atividade no setor. Diferente do Maranhão, os estoques ficaram estáveis e acima do planejado na região Nordeste e no Brasil.
O uso da capacidade instalada também ficou acima do usual para o mês no Estado, conforme indicador de 53,1 pontos. O quadro difere do ocorrido no mesmo período de 2011.
A pesquisa também mostrou que houve absorção de mão de obra nas médias e grandes indústrias maranhenses (53,6 pontos), assim como no Nordeste e no Brasil. Por outro lado, nas pequenas (48,1 pontos), ocorreu dispensa de trabalhadores.
Os indicadores variam de 0 a 100. Valores abaixo de 50 indicam queda ou variação negativa, igual a 50 estabilidade e acima de 50 aumento ou variação positiva.

Expectativa e lucro

A Sondagem Industrial revela ainda as condições financeiras e os principais entraves enfrentados pelos empresários industriais nos primeiros meses de 2012 e demonstra as expectativas deles, em março, para os próximos seis meses, acerca da demanda, exportações, emprego e compra de matérias-primas.
Em março, as expectativas dos industriários maranhenses para os próximos seis meses mantiveram-se no mesmo patamar revelado no mês anterior e no igual período de 2011. Em relação à demanda, o indicador de 70,9 pontos projeta aumento e está acima do índice médio de 65,75 pontos. Também é esperado pelos industriais o aumento da compra de matéria-prima e admissão de mão-de-obra. O único item que se mantém estável é a expectativa deles em relação às exportações.
Os dados da pesquisa mostraram que as pequenas empresas (54,5 pontos) consideraram boa a margem de lucro operacional das indústrias do Maranhão no primeiro trimestre de 2012, enquanto que pelas médias e grandes a margem foi considerada ruim (37,5 pontos), o que acabou influenciando o índice geral de 42,5 pontos.
Já no Brasil e no Nordeste, todo setor considerou ruim a margem de lucro operacional, pois os índices situaram-se abaixo dos 50 pontos. Comparando ao mesmo período de 2010 e 2011, o indicador no Brasil recuou.
Ainda de acordo com a Sondagem, a situação financeira das indústrias maranhenses no primeiro trimestre de 2012 foi considerada ruim pelas empresas industriais, sem distinção de porte. As pequenas e médias indústrias da região Nordeste e no Brasil também consideraram ruins as suas situações financeiras. No entanto, para as grandes indústrias foi satisfatória. Na comparação com o mesmo período de 2010 e 2011, houve deterioração da situação financeira, pois os índices recuaram.

Sondagem Industrial
do Maranhão
Os três maiores problemas enfrentados no 1º trimestre de 2012

A Elevada Carga Tributária foi percebida pelas indústrias maranhenses e do Brasil como o maior problema enfrentado no primeiro trimestre de 2012. A Falta de Trabalhador Qualificado, também considerada o principal problema no Maranhão, foi o terceiro maior para a indústria nacional. A Competição Acirrada do Mercado foi o segundo maior problema no Brasil.