SÃO LUÍS - A Sondagem Industrial do Maranhão revelou que o volume de produção das indústrias do estado apresentou um crescimento de 7,8 pontos no mês de junho, fechando em 48,2 pontos, embora permaneça abaixo do nível esperado de 50 pontos. De acordo com a pesquisa elaborada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), o crescimento deve-se ao acentuado aumento do volume de produção das indústrias de pequeno porte, de 17,4 pontos, marcando 44,6 pontos. As indústrias de médio e grande porte também assinalaram aumento, 2,9 pontos, chegando ao nível de 50 pontos, considerado como um estado de estabilidade da produção. 
Em relação ao Brasil, o índice do volume de produção da indústria nacional apresentou um leve aumento, fechando em 46,6 pontos, enquanto regionalmente, o índice sofreu uma queda, chegando a 45,7 pontos.
A pesquisa da FIEMA também questionou os empresários maranhenses acerca do índice de acesso ao crédito nesse segundo trimestre de 2016, constatando que, em comparação ao mesmo período do ano passado, sofreu queda de 5,1 pontos, marcando 29,0 pontos. “Conclui-se que os empresários maranhenses encontram dificuldades nesse aspecto.”, revela o estudo. Já o índice nacional apresenta pequeno aumento de 0,5 ponto, fechando em 32,1 pontos, abaixo do nível esperado, representando as dificuldades enfrentadas pelos empresários industriais.
O estudo ainda revelou que o segundo trimestre de 2016 apresentou uma margem ruim de lucro operacional das indústrias do Maranhão e do Brasil, fechando abaixo do nível esperado de 50 pontos. A margem de lucro operacional das indústrias maranhenses apresentou um aumento de 1,5 pontos em relação ao mesmo período do ano de 2015, fechando em 34,9 pontos. Enquanto a margem de lucro das indústrias brasileiras caiu 2,1 pontos, marcando 40,8 pontos nesse segundo semestre.
Da mesma forma, o índice sobre a situação financeira se mantém abaixo do nível de 50 pontos nesse segundo semestre. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a situação financeira das empresas maranhenses apresentou uma queda de 3,0 pontos no índice, marcando 41,2 pontos, enquanto as empresas brasileiras tiveram um leve aumento, fechando o segundo trimestre em 39,5 pontos.
Os empresários entrevistados pela FIEMA também listaram os principais problemas enfrentados no segundo semestre de 2016 (%) no Maranhão. A falta de demanda, seguida pela elevada carga tributária, foram os problemas mais citados pelos empresários maranhenses no período, marcando 32,6% e 30,2%, respectivamente. Por outro lado, a dificuldade com as taxas de juros elevadas sofreu uma queda, ocupando agora a 5º posição do ranking, com 20,9%. No Brasil, a insuficiência da demanda (46,6%) foi o maior dos problemas enfrentados pelos empresários, enquanto no Nordeste, o item mais recorrente foi a elevada carga tributária (43%).
Em relação à utilização da capacidade instalada (UCI) nas indústrias no mês de junho, o estudo da FIEMA revelou que voltou a aumentar, registrando 63%, um aumento de 5% em comparação ao mês anterior. O índice de UCI efetiva-usual, que mede o nível da atividade da indústria em relação à atividade média do mês, embora mostre um aumento de 5,6 pontos, permanece abaixo dos 50 pontos, indicando uma baixa atividade industrial.
No mesmo período, o índice do número de empregados sofreu um aumento, fechando o mês em 48,7 pontos. Os índices de estoque de produto final e de estoque efetivo-planejado também registraram aumento, marcando 49,9 e 50 pontos, respectivamente, assim como os indicadores que medem as expectativas para os próximos seis meses apresentaram uma melhora, ultrapassando o nível esperado de 50 pontos.
ENTRAVES – A pesquisa ainda apontou os problemas mais enfrentados pelos empresários maranhenses no 2º semestre, entre eles, a falta de demanda, seguida pela elevada carga tributária, foram os mais citados, marcando 32,6% e 30,2%, respectivamente. Na sequência, a falta ou alto custo da matéria-prima aumentou do primeiro ao segundo trimestre, chegando a 27,9%, e a inadimplência dos clientes também ganhou destaque, com um aumento de 10,4%, marcando nesse segundo trimestre 23,3%.
A Sondagem Industrial do Maranhão é elaborada pela FIEMA em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No período de 1 a 13 de julho, foram entrevistadas, , indústrias dos segmentos de alimentos, vestuário, couros, derivados do petróleo, biocombustíveis, química, limpeza e perfumaria, plásticos, minerais não metálicos, metalurgia, produtos de metal, veículos automotores, móveis, manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos.