Davinópolis – Os 112 detentos da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Davinópolis [10 km de Imperatriz], ligada à Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), estão praticamente sem assistência à saúde.
De acordo com o vereador Julimar Hilarino (PTB), os presos estavam sendo atendidos na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Clésio Fonseca, do município de Davinópolis. “O prefeito Ivanildo Paiva solicitou um levantamento dos gastos que o município estava tendo com o custeio da assistência à saúde dos detentos, cuja responsabilidade é do Governo do Maranhão”, disse.
Além disso, a comunidade reclamava com frequência dos riscos de segurança ao prestar atendimento aos presos nas unidades básicas de saúde, pois os detentos ficavam algemados e escoltados por dois agentes penitenciários armados com pistolas. “A população estava muito temerosa com essa situação, solicitando providências ao prefeito Ivanildo Paiva”, relatou.
Julimar ressalta que o prefeito, antes de adotar qualquer medida, resolveu solicitar um parecer jurídico a sua assessoria, que atesta que “não é responsabilidade do município manter essa assistência à saúde dos presos, mas sim do governo estadual”.
“O promotor Domingos Eduardo esteve no presídio e conversou com os detentos que reclamaram da situação que estão vivenciando com a falta de medicamentos, inclusive a diretora da unidade prisional está ciente do problema e encaminhou ofício ao secretário de Estado de Administração Penitenciária”, contou ele, ao defender uma parceria com governo estadual com o município para solucionar esse problema na Unidade Prisional de Davinópolis.
O enfermeiro e vereador Josivan Sousa dos Santos (PRB), o Ziva, relembrou da sua “bandeira de luta” contra a construção na época do presídio na cidade de Davinópolis. “Falei que esse presídio não seria bom para o povo da nossa cidade, pois falta segurança adequada e os presos adoecem e precisam de remédios, mas será que o governo estadual arcaria com esses custos? Enfim, a maioria aprovou e surge esse problemão para o município – uma verdadeira bomba!”, dispara.
Ele observa que o projeto de lei aprovado na época não causou transtornos ao município, porém terminou prejudicando os próximos gestores públicos. “Presos são seres humanos e necessitam diariamente de atendimento, pois ali é o local que mais se vê pessoas doentes. Isso foi questionado, inclusive prometeram tudo na época, mas nada fizeram por Davinópolis; esse presídio contra foi construído contra a minha aprovação”, concluiu. [Da Assessoria]
Publicado em Regional na Edição Nº 15557
Presos estão sem medicamentos no presídio de Davinópolis
Vereador Julimar defende celebração de parceria para o município prestar atendimento à comunidade carcerária
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