Como disse o renomado jornalista Lima Rodrigues, o automobilismo do Maranhão está prestigiado. Giovanni Guerra, presidente da FAEM, depois de aceitar o convite e participar ao lado do presidente da CBA, Clayton Piteniro, de uma reunião do Conselho Mundial da FIA em sua sede na Praça Da La Concordia, em Paris, em março passado, recebeu desta vez a incumbência de recepcionar em língua italiana e em nome de todos os 21 presidentes de federações o líder máximo do automobilismo mundial, o francês Jean Todt, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), que veio ao Brasil participar das comemorações dos 50 anos da Confederação Brasileira de Automobilismo.
“É um orgulho para mim e para o Maranhão recepcionar o presidente da FIA, em nome de todas as outras federações brasileiras. Conheci o presidente em março quando participei da reunião do Conselho Mundial em Paris, convidado pelo presidente Clayton, agora chegou a nossa vez de recepcioná-lo, e ser designado para isto é para nós motivo de muito orgulho e satisfação”, declarou Giovanni Guerra, presidente da FAEM, que recebe os pilotos e dirigentes brasileiros em Imperatriz na segunda semana de outubro para a Copa Brasil de Kart.
Jean Todt esteve no Brasil pela primeira vez em 1978, como piloto de rally. Passou pela Amazônia, onde sofreu um acidente do qual nunca se esqueceu. Veio por várias vezes como dirigente da Ferrari e agora voltou pela primeira vez como presidente da Federação Internacional de Automobilismo. Falou sobre Massa, Barrichello, trânsito e sobre os árduos tempos do início da Ferrari. “Foram tempos muitos difíceis, em 1997, 1998, 1999. Foi a solidariedade da equipe que permaneceu unida e focada antes de alcançar o sucesso dos anos 2000, 2001, 2002, 2003, 2004. O momento marcante foi o GP de Suzuka, no Japão, em 2000, quando Michael Schumacher finalmente, depois de 21 anos, conquistou o Mundial de pilotos, pois o último campeão ferrarista havia sido o sul-africano Jody Schecker, em 1979”, comentou Todt.
Depois da reunião na sede da CBA, o francês recebeu do presidente Clayton uma pintura em que o tricampeão mundial Airton Senna, morto em 1994, pilotava uma Ferrari, sonho não realizado por Todt quando dirigia a equipe italiana.
Na Churrascaria Porcão, durante o almoço, o clima de amizade foi o ponto de destaque. A noite de gala comandada pelo comentarista da Rede Globo, Reginaldo Leme, ocorreu no Copacabana Palace, quando a CBA homenageou um de seus fundadores Wilson Fittipaldi, o Barão, que apesar de seus 90 anos compareceu ao lado de familiares e dos filhos Wilson e Emerson, bicampeão de F-1. Na oportunidade, cobrou dos governantes sobre o Autódromo do Rio de Janeiro e disse que, se pudesse, transmitiria a prova de inauguração da nova pista.
Outro grande homenageado da noite foi o pioneiro piloto Chico Landi, que foi o ídolo de gerações com suas vitórias em provas nas corridas europeias, como o GP de Bari em 1948. Clayton Pinteiro em seu discurso agradeceu a Deus e ao destino ser ele o presidente a comemorar os 50 anos da CBA e reconhecer a partir de então as pessoas que, por mérito e honra, enaltecem o automobilismo brasileiro. “Instituo a partir de hoje nas comemorações do nosso cinqüentenário, a Medalha Chico Landi. Ela será a maior menção honrosa da Confederação Brasileira de Automobilismo e o primeiro a recebê-la será seu filho Luis Ladi”, disse em seu discurso Pinteiro.
Receberam ainda o Barão Wilson Fittipaldi como fundador da CBA, seu filho Emerson Fittipaldi como primeiro campeão de F-1, seu irmão Wilson como primeiro construtor de um carro brasileiro na F-1, Ingo Hoffman pelos 12 títulos da Stock Car e Bir Clemente, a lenda viva do automobilismo nacional. (Assessoria)