São Luís - Em 2012, o Porto do Itaqui atingiu a marca inédita de 15,7 milhões de toneladas movimentadas, um crescimento de 13% em relação a 2011. O bom resultado deveu-se, principalmente, ao incremento nas importações de derivados de petróleo (7%) e de fertilizantes (33%) somados às exportações de soja (10%) e milho (1.330%). O Complexo Portuário de São Luís - que inclui além do terminal público os portos privativos de Ponta da Madeira (Vale) e da Alumar - encerrou o ano com o recorde de 133,8 milhões de toneladas movimentadas.
Com esse desempenho, o Porto do Itaqui supera a meta planejada para o ano passado, que era atingir 15,3 milhões de toneladas. Para este ano, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) programou em seu Plano de Negócios a movimentação de até 17 milhões de toneladas, meta que ainda poderá ser revista. O número de navios que atracaram no Itaqui passou de 786 em 2011 para 822 em 2012, um acréscimo de 5%. No Complexo Portuário, o número de embarcações chegou a 1.691.
A projeção de movimentação de cargas no porto maranhense (ver gráfico) está diretamente associada à captação de novas cargas e à realização de obras importantes, como a recente concretização do berço 100; o novo píer petroleiro (108) e o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) - as duas últimas com previsão de entrega no final deste ano -, mas também a novos empreendimentos como pellets e celulose, derivados de petróleo (refinaria) e contêineres.
Licenciamento - O porto maranhense destaca-se por possuir todas as licenças e autorizações ambientais das suas obras em andamento. No final do ano passado, a Emap e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) firmaram um Termo de Compromisso com o objetivo de viabilizar a licença de instalação de um dos projetos mais importantes do conjunto de obras de expansão do Porto do Itaqui, a construção do berço 108.
O presidente da Emap, Luiz Carlos Fossati, disse durante a assinatura do Termo de Compromisso que o Porto do Itaqui tem muitas obras concluídas, em andamento e outras tantas planejadas, visando à ampliação e modernização da sua infraestrutura. "É importante manter o ritmo de projetos que têm uma importância regional e nacional, como o píer petroleiro e o Tegram, respectivamente", afirmou Fossati.
A movimentação de derivados de petróleo deverá aumentar em 40% em relação a 2011, quando foram operadas 7 milhões de toneladas da carga. Além de combustível, o Itaqui tem obras que irão ampliar a movimentação de grãos em mais 5 milhões de toneladas por ano, afora pellets e celulose, fertilizante e outras cargas conteineirizadas, que vão de ferro níquel a carne congelada.
O secretário de Meio Ambiente, Victor Mendes, explicou que a Sema vem passando por um período de reestruturação e que isso coincide com a chegada de novos empreendimentos no Maranhão. "Temos uma média de mil projetos por mês para licenciar e sabemos que a Emap tem uma demanda comparada a de empresas privadas de grande porte. O fato de possuir um planejamento de longo prazo ajuda bastante", destacou.
Pelo acordo firmado, a Emap deverá atualizar o EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental) do Porto do Itaqui em consonância com o seu Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto do Itaqui (PDZ), que visa crescimento na projeção de 30 anos, e Plano de Emergência Individual do Porto do Itaqui (PEI). Outro compromisso assumido é o pagamento da Compensação Ambiental, fixada em 0,5% do valor total do empreendimento.Fonte: EMAP
Publicado em Regional na Edição Nº 14600
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