O Porto do Itaqui fecha 2019 com mais de 25 milhões de toneladas de cargas movimentadas, volume cerca de 12% acima do que foi registrado em 2018 e celebra os cinco melhores anos de sua história com recordes e um modelo de gestão que é referência em gestão pública no país. O porto público do Maranhão voltou ao top 3 em desempenho ambiental da Antaq e as quatro principais cargas operadas (combustíveis, soja, celulose e fertilizantes) movimentaram R$ 37,5 bilhões nos últimos 12 meses, contribuindo diretamente para o crescimento do PIB do Maranhão e do Brasil.
Somente em granéis líquidos (derivados de petróleo, GLP, soda cáustica) foram R$ 12 bilhões, seguidos pela soja, que chegou aos R$ 11,2 bi. As cargas de celulose atingiram a marca de R$ 2,7 bilhões e a importação de fertilizante foi responsável pela movimentação de R$ 1,2 milhões. Esses resultados consolidam a posição do Itaqui no top 3 do Brasil em movimentação de soja e primeiro lugar entre os portos do Arco Norte, além de afirmar seu papel como hub de combustíveis do centro norte do país.
O ano que termina foi marcado também por grandes obras: quatro novos grandes projetos de expansão tiveram os serviços iniciados (2ª fase do Tegram e os terminais de celulose, fertilizantes e granéis líquidos) e quatro novos arrendamentos foram aprovados pelo Governo Federal para granéis líquidos.
O Terminal do Cujupe foi entregue em setembro, reestruturado com nova e ampla estrutura multimodal, contribuindo para o desenvolvimento de Alcântara (MA), tendo em vista projetos já anunciados, e de toda a Baixada Maranhense. Além da infraestrutura, a EMAP cuidou das pessoas, um trabalho reconhecido com prêmio da ABRH - Associação Brasileira de Recursos Humanos. O Projeto Manguará, programa de inclusão dos vendedores ambulantes, capacitou e tirou da informalidade um grupo de comerciantes, que recebeu boxes equipados para oferecer melhores serviços e aumentar a renda de suas famílias.

Caminho da excelência

A virada de página na história do Porto do Itaqui começou a partir de janeiro de 2015. De lá para cá a EMAP - Empresa Maranhense de Administração Portuária vem construindo uma trajetória marcada pelos melhores índices em produtividade, lucratividade, saúde e segurança do trabalho, gestão da qualidade e do meio ambiente; um rol de atrativos que inspiram confiança de entes públicos e privados.
Os resultados estão nas certificações (ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015 - excelência em gestão da Qualidade e do Meio Ambiente) e na atração de investimentos públicos e privados de mais de R$ 1,5 bilhão em obras de melhorias e ampliação de infraestrutura portuária. Só a EMAP investiu R$ 250 milhões em obras e serviços de manutenção de berços e vias, instalação de sistemas de segurança portuária e tecnologia.
O conjunto de ações focadas em melhoria de processos para assegurar uma empresa economicamente viável, social e ambientalmente responsável conseguiu ampliar uma previsão de lucro de R$ 300 mil para 2015 (orçada pela gestão anterior) para R$ 68 milhões de lucratividade (1.600% maior que o ano anterior) em 12 meses. A margem Ebitda, indicador de geração de caixa, saltou de 0,1% em 2014 para 48,7% em 2015, mantendo-se na faixa dos 49,6% em 2019.
Com a revisão de práticas e contratos, suspensão de bônus ilegais e participação nos resultados condicionada ao alcance de meta financeira a EMAP obteve uma redução de R$ 32 milhões só no primeiro ano. Também houve um processo de abertura do porto para a comunidade, que contabiliza 23 mil visitantes nesses cinco anos e 40 funcionários foram integrados à empresa por meio de concurso público.

Agora tem

- Centro de Controle Operacional integrado à infraestrutura de tecnologia da informação com acesso por biometria: o sistema de monitoramento permite acompanhar as operações em tempo real por meio de painel digital (videowall), câmeras, portarias e balanças automatizadas, rádios digitais em estações fixas e móveis, ampliando a área de cobertura. O software de gestão portuária custou o correspondente a 1/5 do que era usado anteriormente.
- Unidade do Corpo de Bombeiros preparada para atender o Porto do Itaqui e toda a comunidade portuária. Também foi criada a Brigada de Incêndio do Porto do Itaqui, formada por funcionários treinados para atuar na prevenção e atendimento básico a emergências.
- Sistema de combate a incêndio moderno, cobrindo toda a linha de cais, é acionado por controle remoto e utiliza água do mar. O segundo maior porto em movimentação de combustíveis do país não contava com recursos de combate a incêndio, o que foi corrigido já em janeiro de 2015, com investimento próprio de R$ 18 milhões.
- Plano de Ajuda Mútua do complexo portuário restabelecido e Plano de Controle de Emergência atualizado, com realização de simulados periódicos em parceria com toda a comunidade portuária.
- Mais dignidade e conforto aos usuários do transporte aquaviário nos terminais. Além do novo Terminal do Cujupe completamente reformulado, o Terminal da Ponta da Espera ganhou área de vivência, nova unidade da Polícia Militar, unidade do Juizado de Menores; e o Cais de São José de Ribamar foi recuperado e urbanizado.
- Melhor infraestrutura portuária: o Berço 108, com obras paralisadas por pendências com o Governo Federal, foi entregue em 2018; o pátios e vias foram pavimentados e um novo pátio para carga geral e contêineres foi construído e equipado com tomadas; e a área primária ganhou um novo sistema de iluminação com novas torres e lâmpadas LED, que reduziram em 50% o consumo de energia elétrica.

Avanços continuam em 2020

A segunda fase do Tegram deve entrar em operação, dobrando a movimentação de grãos. As operações do Terminal de Grãos no Porto do Itaqui são realizadas no berço 103 e a partir de 2020, na 2ª fase, utilizará também o berço 100. Ao final das obras de expansão o terminal terá capacidade para movimentar 14 milhões de toneladas/ano.
O arrendamento de quatro novos terminais de combustíveis, no âmbito do PPI (Programa de Parcerias em Investimentos) do Governo Federal, deve ir a leilão ainda no primeiro semestre.  O investimento privado está estimado em R$ 450 milhões, o que vai dobrar a capacidade de armazenamento até 2021.
O novo terminal da COPI - Companhia Operadora Portuária do Itaqui terá a mais moderna infraestrutura do país para esse tipo de operação, com interligação do armazém ao berço 101 do porto, e deve iniciar as operações até o final de 2020. A expectativa é movimentar 3,5 milhões de toneladas de fertilizante/ano, com a logística de movimentação integrada à malha ferroviária da Norte-Sul.
E não é só isso. O Porto do Itaqui vem se preparando para conquistar mais duas certificações internacionais, as ISO 45000, primeira Norma ISO na área de Segurança e Saúde Ocupacional, e a ISO 27000, dedicada à Segurança da Informação. Somadas às já conquistadas ISO 9001:2015 (Qualidade) e ISO 14001:2015 (Meio Ambiente), o porto público do Maranhão será o único do país a ter quatro certificações. (Secap)