Poção de Pedras - O perito Aristoney Costa Coelho, do Instituto de Criminalística (ICRIM), da Secretaria de Segurança do Estado, descartou, nessa sexta-feira, 23, qualquer possibilidade de ação criminosa no incêndio que destruiu o fórum da comarca de Poção de Pedras, na madrugada da última quinta-feira, e reduziu a cinzas acervo em torno de 1900 processos, além de computadores e outros bens.
Após perícia no prédio, Aristoney Coelho afirmou que não há resquícios de arrombamento, de lançamento de combustíveis ou de outros focos que venham configurar incêndio deliberado. “Tudo aponta para pane na instalação do sistema de refrigeração do prédio, onde estavam instalados cinco aparelhos de ar-condicionado”, disse. O laudo pericial deverá sair nesta semana.
“Observa-se que deve ter havido sobrecarga no sistema elétrico, porque a instalação da refrigeração era precária para o número de aparelhos. Isso deve ter provocado o curto-circuito e, consequentemente, o incêndio, que se alastrou devido ao grande número de materiais de alta combustão”, asseverou o perito.
O incêndio ocorreu no início de madrugada, de acordo com a juíza da comarca, Teresa Cristina Franco Palhares, titular da comarca de Poção de Pedras. A delegada regional de Pedreiras, Maria Eunice Ferreira Rubem, que responde pela delegacia de Poção de Pedras, fez os primeiros levantamentos do sinistro e a abertura do inquérito.
Logo após ser informada sobre a ocorrência, a magistrada entrou em contato com os desembargadores Jamil Gedeon (presidente do Tribunal de Justiça, Antonio Guerreiro Júnior (corregedor-geral da Justiça) e Marcelo Carvalho Silva, que estava no plantão do 2º grau.
“São grandes e graves os prejuízos para a Justiça e a sociedade o resultado desse incêndio, uma vez pouco mais de 100 foram salvas, exatamente as peças que estavam com advogados e Ministério Público”, lamentou a juíza.
Guerreiro Júnior lamentou o incidente. “É um prejuízo muito grande para a Justiça e a sociedade, e um dano que só temos a lamentar. Acredito na disposição da juíza Teresa Cristina e funcionários do fórum para que os processos sejam recuperados a partir dos inquéritos policiais e com o apoio do Ministério Público e dos advogados”, acrescentou. (Djalma Rodrigues - Assessoria de Comunicação CGJ)
Publicado em Regional na Edição Nº 14212
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