Prédio da Penitenciária de Pedrinhas, que está sendo alvo de reforma

São Luís - Antes de localizar-se na área de Pedrinhas, a primeira Penitenciária do estado foi construída no bairro dos Remédios, no Centro da capital, e foi criada com a intenção de separar os presos pela ordem ou grau das penas, fazendo o papel apenas de casa de correção. Em seguida, começou a apresentar características de Penitenciária Estadual, já se utilizando de recursos do governo para obtenção de agentes de segurança, alimentação, vestuário e demais serviços.
Na época, projetos de ressocialização aos detentos, como oficinas de alfaiate e de sapateiro, já faziam parte das atividades da penitenciária. Em 1948, dois anos após a abertura da unidade no centro, foi feita a transferência para o município de Alcântara, onde também se enfrentou os mesmos problemas da localidade anterior já que a estrutura não compunha a segurança necessária e ainda prejudicou a questão turística da cidade.
A mudança para a mais nova Penitenciária do estado, intitulada Penitenciária de Pedrinhas, ocorreu em 12 de dezembro de 1965, quando esta foi inaugurada durante a gestão do governador Newton de Barros Belo, e permitia um total de 120 presos em suas instalações.
Situada a 15 km da Cidade de São Luís, à margem da BR-135, com uma área de 122 hectares, a Penitenciária de Pedrinhas passou por várias adaptações e desencadeou a criação de um Complexo para atender às necessidades quanto à quantidade de detentos. O Complexo Penitenciário de Pedrinhas é integrado pelo Presídio Feminino, Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), Casa de Detenção (Cadet), Presídio São Luís I e II, Triagem, o Centro de Detenção Provisória (CDP).
A unidade passou por uma reforma geral na área da entrada, na sala de revista e em outras áreas do complexo. Cabe destacar a dificuldade que se tem em reestruturar uma instituição tão antiga quanto a Penitenciária de Pedrinhas.
O núcleo de saúde já foi finalizado e dispõe de atendimento odontológico, psiquiátrico e de assistente social todos os dias, enfermeiros e técnicos de enfermagem 24 horas, bioquímicos, exames de raios-X, testes de HIV, hepatite e vacinação. Os internos também já têm disponível a biblioteca que foi totalmente reformada e entregue juntamente com o departamento de saúde.
Das obras em andamento, resta finalizar o pavilhão dos presos da capital e a construção da quadra que dividirá os detentos do interior dos de São Luís. Inicialmente, a proposta é que a unidade seja dividida em três pavilhões, sendo que dois destes, o A e o 7, como são denominados, já estão em funcionamento. Estão sendo executados, no momento, o acabamento do último pavilhão, a quadra e, posteriormente, serão finalizados os locais onde irão funcionar as oficinas.
Toda obra deverá estar finalizada até o final do mês de agosto e trará para a comunidade carcerária uma melhor qualidade de vida dentro da instituição. (Aidê Rocha)