A palestra sobre a possibilidade de o Maranhão se tornar o quinto maior exportador de boi em pé do mundo foi destaque na noite dessa quarta-feira (26) no auditório Juca Machado, localizado no Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva. O evento contou com a presença do secretário de Agricultura e Pecuária do Maranhão (Sagrima), Márcio Honaiser, integrantes da Faema/Senar e pecuaristas associados ao Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural), que puderam ter uma visão do mercado internacional e do potencial da pecuária do sudoeste do estado, que concentra mais de 50% de toda produção de gado do Maranhão.
O palestrante e engenheiro agrônomo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), César Viana, destacou números relevantes da criação de gado na Região Tocantina e enfatizou “pelo potencial da nossa região, a exportação de gado em pé vai acontecer aqui”. Após a palestra, pecuaristas puderam tirar dúvidas e dar sugestões para o melhoramento do cenário regional, tendo um diálogo direto com o secretário Márcio Honaiser.
Em entrevista, Honaiser conta que todas as ações da Sagrima devem ser discutidas e ouvidas junto a quem é ligado ao campo. “A gente sempre tem vindo a Imperatriz, participado junto ao Sinrural na tomada de decisões. Assim foi no ano passado, quando fizemos o reajuste na alíquota da carne para favorecer os pecuaristas e hoje estamos aqui para discutir a possibilidade de o Maranhão entrar firme na exportação do boi em pé. Entendemos que é um mercado a mais, mas queremos também ouvir a opinião dos criadores e discutir para que possamos avançar junto com a sociedade”, relata.
Para o presidente do Sinrural, Renato Pereira, eventos com o intuito de ouvir os produtores rurais da região mostram a força da atividade local. “Temos um quadro grande de associados que interagem e procuram participar do processo produtivo como um todo”. Sobre a exportação do boi em pé, o presidente tem visão otimista e considera um nicho de mercado que deve ser explorado. “Essa exportação de boi em pé é muito interessante porque dá ao produtor mais competitividade no seu produto. Além de vender aos frigoríficos, o produtor tem a possibilidade de vender o boi em pé, exportando via navio pelo Porto de Itaqui. Isso significa mais clientes, melhor preço e melhor oferta de produtos”, completa.
Publicado em Regional na Edição Nº 15542
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