Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, no Maranhão, o custo de internações por acidentes com motociclistas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 30% de 2008 a 2011, passando de R$ 500 mil para R$ 650 mil. O crescimento dos gastos acompanha o aumento das internações, saltando de 577 para 1193 hospitalizados no período. O número de mortes por este tipo de acidente também aumentou no estado, passando de 314, em 2008, para 443 óbitos em 2010.
“O Brasil está, definitivamente, vivendo uma epidemia de acidentes de trânsito e o aumento dos atendimentos envolvendo motociclistas é a prova disso. Estamos trabalhando para aperfeiçoar os serviços de urgência no SUS, mas é inegável que esta epidemia está pressionando a rede pública”, avalia o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O gasto com atendimentos a motociclistas no país, em 2011, foi 113% maior do que em 2008, passando de R$ 45 milhões para R$ 96 milhões. O número de internações passou de 39.480 para 77.113 hospitalizados no mesmo período e o número de mortes aumentou 21% nos últimos anos – de 8.898, em 2008, para 10.825 óbitos em 2010. Com isso, a taxa de mortalidade cresceu de 4,8 óbitos por 100 mil habitantes para 5,7/100 mil entre 2008 e 2010.
“A elevação dos acidentes envolvendo motociclistas fez com que, pela primeira vez na história, a taxa de mortalidade deste grupo superasse a de pedestres (5,1/100 mil) e a de outros veículos automotores (5,4/100 mil), como carros, ônibus e caminhões”, alerta Padilha.
Publicado em Regional na Edição Nº 14436
No Maranhão, gastos com atendimentos a motociclistas aumentaram 30%
Acidentes de trânsito pressionam a rede pública de saúde e lotam prontos-socorros do país
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