Procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga, presidiu o evento
Em Porto Franco, estudantes participaram do evento
A campanha também foi lançada em Estreito

O Ministério Público do Maranhão fez o lançamento nessa quinta, 21, da Campanha Maranhão na Prevenção às Drogas nas cidades de Porto Franco e Estreito. Com a inclusão destes municípios, o projeto passou a contabilizar 65 municípios participantes. A meta é que 100 cidades façam adesão à campanha até o final do ano.
O procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, presidiu a audiência pública que tinha como público-alvo alunos da rede municipal e estadual de ensino.
O evento contou, ainda, com a participação de membros do Ministério Público, incluindo o presidente da Associação do Ministério Público do Maranhão (Ampem), Tarcísio Souza Bonfim, além de representantes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, Polícia Civil e Militar e população em geral.

Projeto
O projeto tem como objetivo propor medidas e ações de prevenção ao uso indevido de drogas, além do cuidado, tratamento e reinserção social dos usuários e dependentes. A campanha é realizada por uma parceria entre instituições que compõem o Comitê Estadual de Prevenção às Drogas, incluindo o Ministério Público do Maranhão, Poder Judiciário Estadual, Poder Legislativo e Polícia Rodoviária Federal, com o apoio do Governo do Maranhão e Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem).
Segundo o procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, os principais problemas do país são a corrupção e o consumo de drogas. A campanha visa, principalmente, a chamar a sociedade para discutir a responsabilidade de cada um no combate e prevenção ao uso indevido de drogas.
"É dever do Ministério Público, da escola, da sociedade levar esta mensagem a todas as pessoas para que este assunto possa chegar à casa de cada um de nós e discutir o que aprendemos aqui hoje para que nossos jovens não entrem neste mundo, que é o de consumo de drogas", ressalta Luiz Gonzaga.
Durante a solenidade, a promotora de justiça Sandra Fagundes Garcia esclareceu que os objetivos da iniciativa incluem a criação e aprovação de leis que criem fundos e conselhos municipais para discutir e fomentar a prevenção às drogas nos municípios.
"Na maioria dos júris que fazemos, os réus estão ali porque se envolveram de alguma forma com drogas. Por isso, é preciso captar recursos e mobilizar ações junto à sociedade para reverter este quadro", enfatizou a promotora.
O prefeito de Estreito, Cicero Neco Morais, relatou que o conselho e o fundo de prevenção às drogas já foram criados no município, garantindo verba mensal de R$ 10 mil para custeio de projetos de prevenção às drogas e tratamento de dependentes químicos.
O presidente da Ampem, Tarcísio Sousa Bonfim, parabenizou o Ministério Público pela iniciativa e afirmou, disse que apesar dos números crescentes de usuários de drogas, a campanha é um motivo para se comemorar. "As drogas são um mal que afeta diretamente nossas famílias e por isso é preciso discutir isso cada vez mais", reforçou.

Prevenção
Na oportunidade, os promotores de justiça Sandra Fagundes e Gabriel Gonçalves mostraram aos jovens e crianças os efeitos que as drogas podem causas nos indivíduos através de slides contendo relatos de pessoas que já utilizaram diversos entorpecentes.
Os dois representantes do MPMA explicaram que um dos objetivos da campanha é mostrar os males que a droga traz e evitar que mais jovens entrem neste caminho.
O diretor das promotorias de Porto Franco, Gabriel Gonçalves, relatou que, a cada 100 menores infratores, 70 cometem delitos por conta do envolvimento com as drogas e que a cada quatro mortes, três são causadas por conta do uso dos entorpecentes.
"Quem se envolve com drogas vai preso ou morto. A droga tira o que você tem de mais importante: a sua saúde, a sua vida", exclamou Gabriel Gonçalves.
O titular da 1ª promotoria de Estreito, Paulo Roberto da Costa Castilho, ressaltou que no município já existem trabalhos de prevenção ao uso de drogas. Para ele, as drogas vão muito além da criminalidade, que já se tornaram uma questão de saúde pública.
"O uso de drogas não traz apenas a questão do tráfico, a disputa por território, traz a questão da saúde do usuário que precisa de atenção e cuidado. Por isso, se cada um de nós não fizer o seu papel, não vamos conseguir avançar", afirmou Paulo Roberto.