O Ministério Público do Maranhão prossegue as investigações para apurar manifestações preconceituosas contra o povo maranhense emitidas pelo Facebook, no início do mês, por uma pessoa identificada como Isabela Cardoso, que teria trabalhado na empresa de papel e celulose Suzano, de Imperatriz.
Por meio de Procedimento de Investigação Criminal, instaurado pelos promotores de justiça Joaquim Ribeiro Júnior, Alessandro Brandão e Ossian Bezerra, da Comarca de Imperatriz, há indícios de que o perfil na rede social é falso, já que incluiu uma foto de outra pessoa.
Segundo o promotor Joaquim Júnior, ao tomar conhecimento do caso com a repercussão que tomou, a estudante Amanda Amorim, do Rio Janeiro, entrou em contato com as Promotorias de Justiça de Imperatriz, para informar que a foto usada no perfil de Isabela Cardoso é dela, que nega ser autora das ofensas contra os maranhenses.
O Ministério Público do Rio de Janeiro foi acionado para checar a veracidade da informação. Orientada a comparecer à sede da instituição, a estudante foi até lá e levou documentos pessoais com foto. “Ficou constatado que ela, de fato, é a pessoa que aparece no perfil atribuído a Isabela Cardoso”, informou Joaquim Júnior.
Segundo os membros do MPMA, diante da constatação, tornou-se ainda mais justificável a continuidade das investigações, uma vez que, além das opiniões preconceituosas, o fato em si contém mais um crime, pois a pessoa responsável utilizou fotos e a identidade de outra pessoa.
Solicitada a prestar esclarecimentos sobre o caso, a Suzano garantiu ao Ministério Público que nunca existiu no seu quadro de funcionários alguém com o nome de Isabela Cardoso.
Histórico
No perfil no Facebook, foi publicado o seguinte: “Finalmente em casa, depois de 1 ano e 7 meses na Suzano de Imperatriz eu e meu esposo retornamos a nossa cidade. Estado pobre, kkkkkkkkkk. A cultura maranhense é horrível. O carnaval é um lixo. Tal de bumba meu boi, tambor de crioula. A maioria das Mulheres são piriguetes e os Homens malandros. Mais da metade das pessoas são semianalfabetas”.
A manifestação teve ampla repercussão em diversos portais e blogs do Maranhão e do país inteiro. (CCOM-MPMA)
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