Lançamento reuniu cerca de trinta participantes
Composição da mesa

O Movimento Mais Mulheres na OAB foi oficialmente lançado e apresentado às advogadas de Imperatriz na manhã dessa sexta-feira (11). A reunião ocorreu na sede da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e contou com a presença da diretoria da OAB Maranhão, a diretoria da subseção e com a participação de diversas profissionais inscritas na Ordem.
O projeto é uma iniciativa de um grupo de conselheiros e conselheiras que decidiram lutar pela ampliação da representatividade feminina em cargos de diretoria e nas bancadas da OAB em todo o Brasil. De acordo com a nova resolução, a partir das eleições de 2015, as chapas concorrentes devem ser formadas por, no mínimo, 30% de mulheres.
Os números atuais foram um dos motivos da proposta. No conselho federal da entidade, de 86 cargos de conselheiros, apenas cinco são ocupados por advogadas. Para a líder do movimento no Maranhão, a conselheira federal Valeria Lauande, a perspectiva é de que o movimento cresça e mude esse cenário.
“Na minha concepção, é um movimento que tende a crescimento. Na verdade, como nem todas as mulheres advogadas têm conhecimento desta nova regulamentação das cotas, é muito importante que a gente faça um movimento de explicação, de fomento da vontade feminina de participação e de participação efetiva. Eu sinto que plantar essa semente de dizer para as mulheres que é muito importante a sua participação e que a política da OAB é uma política institucional que favorece não só a nossa profissão, como toda a sociedade, e esse papel da mulher de olhar com sensibilidade, competência, determinação e consciência, é fundamental para a qualificação dos nossos quadros e melhoria do nosso sistema OAB como um todo”, argumenta a advogada.
Para o presidente da Subseção Imperatriz, Malaquias Neves, a resolução representa uma conquista que deve ser reconhecida e ampliada. “A OAB está cumprindo o seu dever de casa. Nós, como representantes da instituição, que sempre luta e lutou por um país democrático, temos que reconhecer essa conquista feminina. A gente sabe da importância das mulheres no seio familiar e no próprio mercado, temos que reconhecer isso, e nada mais do que justo que, ainda tímido, haja esse ingresso de mulheres representando a nossa instituição e que agora teve essa importante conquista”, afirma.
Para Valeria, as perspectivas anunciadas por esse primeiro encontro coletivo em Imperatriz são as melhores possíveis, já que as quase trinta participantes presentes se mostraram potenciais multiplicadoras do movimento, e podem se tornar peças essenciais para que a representação feminina seja ainda maior.
“Elas (as advogadas) serão multiplicadoras dessa ideia e vão levar para outros colegas que o movimento é um movimento forte, mas que só vai crescer se a participação das mulheres aumentar para alcançar o mínimo do que é a cota. E, a partir daqui, seja um passo para que a nossa conquista seja realmente igualitária e para que no futuro pensemos em uma igualdade de número de inscritos proporcional ao número de conselheira nas seccionais”, conclui.