Aconteceu na noite da última terça-feira (02), no Sindicato dos Trabalhadores de Imperatriz, debate sobre transporte público, viabilidade de municipalização do transporte, estatização e passe livre. O encontro foi mais uma ação do Movimento Fora VBL.
Na abertura, foram destacados os atos realizados no mês de junho pelo movimento.
“O Movimento Fora VBL nasceu na UFMA. E no dia 20 de junho teve maior destaque, com a participação de mais de 10 mil pessoas. Em apenas seis dias realizou quatro atos, com um público entre um mil a três mil”, destacou o professor da UEMA, Renan.
O militante sindicalista Fábio Machado enfatizou a importância do transporte público municipal e da Lei de Mobilidade Urbana.
Fábio destacou também sobre a ação judicial que determinou a suspensão do contrato e obrigatoriedade da prefeitura municipal de realizar, num prazo de dez dias, abertura de processo licitatório. No entanto, até o momento, o prefeito Madeira ainda não foi notificado. “Por isso é muito importante que aconteça a mobilização da sociedade civil para a realização de mais um ato no dia 11. Para que, após a saída da VBL, não entre uma empresa com outro nome e com os mesmos donos da antiga. Para que isso não aconteça, temos que cobrar os nossos direitos, por mais que as empresas tenham que cumprir a lei sobre a prestação de serviço na área de transporte público. O que vemos é que elas fingem que realizam e a população paga por um serviço de péssima qualidade. Por isso, devemos estar sempre atentos”.
Para o líder do PSTU, Wilson Leite, a função pública de garantir transporte coletivo sempre foi renegada ao último plano pelo poder público municipal, mas comparado à educação, saúde, infraestrutura e lazer. O transporte é o que efetivamente faz com que os demais serviços garantam qualidade de vida aos trabalhadores e à população em geral.
“As despesas com fornecimento de vale transporte empenhados por secretarias (fundos) pela prefeitura municipal de Imperatriz em 2013 são mais de 2 milhões apenas com a VBL e quase 500 mil com Viação Aparecida e Açailândia”.
O vereador Marco Aurélio enfatizou os debates realizados por ele e pelos vereadores Carlos Hermes, Rildo Amaral e Aurélio. “Desde o início deste ano que estamos realizando este debate crítico naquela Casa de Leis, no entanto está sendo muito difícil, onde somos apenas quatro e a base aliada são dezessete. Tem vereadores que defendem muito a VBL, isso é triste de ver, no entanto infelizmente acontece. Em relação a este debate crítico dentro da Câmara, surtiu efeito e vemos que o mais importante foi a partir do momento que aliamos forças com o Ministério Publico, para pressionar o município para a quebra de contrato, com base na Ação Cível, e o Movimento Nacional e Municipal, onde a população foi para as ruas e deu uma grande pressão no momento exato. E não deu outra. É o que temos de concreto no rompimento do contrato. Quero deixar aqui a minha solidariedade pelo passe livre, pela municipalização do transporte público, que tem um grande apoio que é a pressão das ruas à comunidade lutando fortemente pelos seus direitos”. (Por Regivaldo Alves)