Em reunião realizada na sede do Ministério da Agricultura, em Brasília, o Maranhão se destacou como o estado que mais cumpriu as metas acordadas para elevação para zona livre de febre aftosa.
O Maranhão foi o estado que recebeu a melhor nota de avaliação na auditoria que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca (Mapa) realizou em sete estados da região Nordeste e o leste do Pará, no que se refere à qualidade dos serviços veterinários, principalmente no combate à febre aftosa.
Numa relação de 28 itens satisfatórios dos serviços de vigilância epidemiológica prestados pelos órgãos de defesa agropecuária dos estados, as supervisões técnicas reconheceram que o Maranhão atendeu 89% das exigências do Mapa.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), Cláudio Azevedo, e o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), Fernando Lima, participaram do encontro que contou com a presença do secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Francisco Sérgio Ferreira Jardim e do chefe de Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques.
O excelente resultado foi apresentado, na terça-feira (16), em reunião realizada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) onde foi discutido o projeto de ampliação da zona livre de febre aftosa com vacinação. Também foram divulgados os resultados das avaliações realizadas pela auditoria no leste do Pará (54%), Piauí (61%), Ceará (46%), Rio Grande do Norte (36%), Paraíba (36%), Pernambuco (79%) e Alagoas (21%).
As auditorias foram realizadas para avaliar alguns critérios que fazem parte de um pacto firmado no início deste ano entre os estados e o Ministério da Agricultura para que as federações avançassem num único bloco na classificação sanitária para zona livre de febre aftosa até dezembro deste ano - em nível nacional - e internacionalmente até maio de 2012, reconhecimento que é feito pela Organização Internacional de Episotias (OIE).
Diante da nova situação, já que alguns estados ficaram bem abaixo nas avaliações do Mapa, o secretário da Sagrima, Cláudio Azevedo, sugeriu ao Ministério que a região seja dividida em dois blocos. “Não podemos ser prejudicados, já que cumprimos grande parte das metas do ministério. O Maranhão merece ter sua classificação sanitária elevada para zona livre”, destacou o secretário.
Maranhão, leste do Pará, Piauí e Pernambuco formam um novo bloco, que deve alcançar a nova classificação do Mapa no próximo ano, e no primeiro semestre de 2013 o reconhecimento internacional. “Nós iremos trabalhar agora no fechamento das nossas fronteiras com os estados que não conseguiram avançar de acordo com a avaliação do Mapa”, afirmou o diretor geral da Aged, Fernando Lima.
Outros estados
Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba continuarão trabalhando com medidas estruturantes para que possam avançar também no combate à febre aftosa.
O secretário Cláudio Azevedo informou que dentre os itens avaliados pela auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca, o índice de cobertura vacinal contra a febre aftosa é um dos mais importantes. “Nesta primeira etapa da campanha de vacinação, realizada no período de 1º de maio a 15 de junho, o índice de cobertura vacinal do Maranhão foi o maior dos últimos dez anos de campanha no estado, com 96,59% dos 7,2 milhões de bovinos e bubalinos vacinados”, lembrou Cláudio Azevedo.
Está marcada uma reunião, para o dia 30 de agosto, em Brasília, onde serão tratadas as estratégias para um plano de ação corretiva e discutidos os três itens em que a Aged não conseguiu avaliação satisfatória do ministério, que são o banco de dados, transporte e investimentos no órgão estadual. “Estamos trabalhando na melhoria do banco de dados e aguardando a assinatura de um convênio com o Mapa para a aquisição de veículos e equipamentos para os escritórios da Aged”, afirmou o diretor do órgão estadual, Fernando Lima. (Vitória Castro)
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