Dijé Guedes
As eleições proporcionais desse domingo, 5 de outubro, alteraram também o parlamento municipal. A partir da próxima legislatura, assume o primeiro suplente do vereador Marco Aurélio, eleito deputado estadual pelo PCdoB, o também professor Adonilson Lima (PCdoB), um dos que assumiram a linha de frente da campanha do governador eleito Flávio Dino na região tocantina. Dono de um perfil comunista e intolerante às práticas politiqueiras, como propõe sua sigla partidária, Adonilson deve “esquentar” os debates na Câmara Municipal, ao lado de Carlos Hermes, Aurélio e Rildo Amaral, vereadores que formam a bancada de oposição.
Adonilson deu ontem sua primeira entrevista como suplente prestes a assumir, ao programa Repórter nos Bairros (Rede Vida), onde falou sobre como será sua postura como vereador e foi enfático ao afirmar que honrará as diretrizes partidárias, como o foco voltado para a transparência das ações e a participação popular, que ele chama de inversão de prioridades. “Assumo com aquilo que é o PCdoB, colocando o povo em primeiro plano, estabelecendo o povo no poder do parlamento, numa conexão direta com aquilo que são os interesses das comunidades”, disse o futuro vereador.
Sobre sua postura parlamentar em relação à administração municipal, ele disse que o PCdoB tem o PSDB como aliado em plano estadual, mas deixou bem claro que tudo dependerá das decisões que serão tomadas pela cúpula partidária junto à sociedade. “O nosso partido vai discutir com a sociedade e os movimentos sociais e sindicais e as decisões serão automaticamente reafirmadas nas minhas ações no parlamento na Câmara”.
Adonilson reconheceu a importância do apoio do prefeito Sebastião Madeira para a vitória esmagadora de Flávio Dino em Imperatriz e região. “O Madeira teve uma participação e um esforço pessoal muito importante na eleição de Flávio Dino. Quanto ao meu mandato, tenho a plena concepção que aliado deve ser tratado como aliado, não tenho o Madeira como inimigo, muito pelo contrário, mas a postura do professor Adonilson na Câmara vai ser definida pelo partido”, disse.
Ele informou que em função desse projeto parlamentar será realizado um seminário, em novembro próximo, oportunidade na qual serão discutidas as pautas que definirão a tônica da atuação do professor Adonilson na Câmara Municipal.
O professor fez duras críticas ao funcionamento da Caema e disse que essa será uma de suas bandeiras de luta como vereador. “Com nosso pequeno mandato, nós vamos focar no debate para que a Caema preste um serviço de qualidade, é um absurdo faltar água numa cidade com um dos maiores rios do Maranhão ”, disse ele, citando o programa Água para Todos, anunciado por Flávio Dino como programa de governo. “A Caema não pode ser um cabide de emprego, não pode ser um negócio escuso daqueles que vivem das maracutaias no governo do Estado. A Caema deve ser um órgão público com gestão organizada para que, com eficácia, possa resolver um problema tão simples que é levar água ao consumidor”, disparou.
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