A energia elétrica é um benefício muito importante para todos nós, mas ela pode se tornar bem perigosa caso não seja utilizada de forma adequada. A utilização da eletricidade se dá a todo o momento, desde um simples banho com água quente em casa, passando pelo local de trabalho, e até pelo ambiente de lazer, o que torna a sociedade cada vez mais dependente do uso da eletricidade.
A característica de invisibilidade da eletricidade e o excesso de confiança podem levar a sérios danos. O simples ato de ligar um aparelho na tomada gera o risco de acidente. Instalações elétricas internas sem manutenção periódica ou fora dos padrões técnicos normatizados podem originar curtos circuitos e até incêndios.
A energia elétrica, apesar de útil, é muito perigosa e pode provocar graves acidentes se não forem usadas com segurança, tais como: queimaduras (até de terceiro grau), coagulação do sangue, lesão nos nervos, contração muscular e uma reação nervosa de estremecimento (a sensação de choque) que pode ser perigosa, se ela provocar a queda do indivíduo (de uma escada, árvore, muro, etc.), levando à morte.

Dados de 2017
De acordo com levantamento feito pela Procobre - Instituto Brasileiro do Cobre, e pela Abracopel - Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, em 2017, somente 29% das residências brasileiras possuem projeto elétrico que garanta segurança. Desse total, 25% foi elaborado por eletricistas profissionais. O estudo ainda revela que 52% dos imóveis possuem fio terra instalado e apenas 27% das moradias possuem o dispositivo de proteção chamado DR, que interrompe eventuais fugas de corrente e reduz o risco das consequências de choques elétricos. O levantamento também aponta que, no ano passado, houve 171 ocorrências de acidentes domésticos relacionados à energia elétrica, em todo o Brasil.
Conforme explica o executivo da área de Segurança da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), Francisco Ferreira, as instalações elétricas internas das residências e estabelecimentos comerciais são de responsabilidade dos clientes, e devem ser mantidas em condições técnicas que obedeçam às normas vigentes no país. "Devem receber manutenção periódica e sempre deve ser utilizado material certificado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). As instalações elétricas devem possuir aterramentos elétricos adequados e dispositivos que interrompam os circuitos em casos de falhas (tais como Dispositivo Diferencial Residual e disjuntores). As instalações devem ser projetadas, instaladas e executadas por profissionais habilitados, inclusiva as manutenções periódicas. Devem-se evitar todos os tipos de improvisos que normalmente são os causadores dos acidentes. Quando começam a faltar tomadas para todos os equipamentos, já temos uma indicação de que a instalação não está adequada", orienta Francisco.
Acidentes domésticos com energia elétrica acontecem muitas vezes por falta de atenção das pessoas. A manutenção periódica do sistema elétrico na residência é a melhor maneira de evitar problemas, pois evita danos futuros em todas as instalações da casa. O ideal é fazer a manutenção preventiva, ou seja, a troca dos equipamentos antes deles quebrarem, já que custa muito mais caro consertar do que manter. 
(Assessoria de Imprensa Cemar)

Confira algumas orientações da Cemar sobre segurança:

- Fazer a manutenção periódica das instalações elétricas e redimensioná-las e/ou renová-las sempre que preciso (sugere-se a revisão no máximo a cada 5 anos).
- Instalar o fio terra e os DRs.
- Usar protetores de tomadas sempre que estiverem fora de uso para evitar a exposição de crianças pequenas ao risco de contato com a eletricidade.
- Quando possível, substituir as tomadas de dois pinos (antigas) por tomadas do novo padrão com três pinos.
- Desligar o disjuntor no quadro de distribuição, antes de qualquer serviço que envolva o contato com a eletricidade em casa.
- Evitar o uso de eletrodomésticos e/ou eletroeletrônicos em locais úmidos.
- Sempre desligar o chuveiro antes de trocar a chave da temperatura.
- Não fazer uso de eletrodomésticos e/ou eletroeletrônicos conectados à tomada durante tempestades e vendavais.
- Evitar o uso permanente de benjamins, extensões e Ts, preferindo a instalação de novas tomadas.
- Chamar sempre um profissional qualificado, que entenda os perigos e riscos da eletricidade, para realizar serviços no imóvel.