O Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS) da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) intensifica o cadastramento e a vigilância epidemiológica de propriedades criadoras de suínos, a partir deste mês. As ações fazem parte do cronograma do bloco pecuário do Nordeste e Pará, criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para alcançar a meta de reconhecer o Brasil como área livre de peste suína clássica até 2019.
A mudança de status sanitário de Pernambuco, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí e Pará é discutida desde 2013. “O último foco de peste suína clássica, no Maranhão, foi em 2008. Para você tirar um estado do status de área infectada, é necessário que não haja notificação da doença por pelo menos dois anos. Isso significa que nós já estamos com bastante tempo e estamos querendo avançar”, declarou a fiscal agropecuária responsável pelo PNSS no Maranhão, Teresinha de Lisieux Castro.
Após uma reunião realizada em Brasília com a presença de representantes dos estados que já conquistaram o status sanitário, no fim de abril, o Mapa organizou a primeira reunião do bloco pecuário do Nordeste e Pará, de 9 a 12 de maio, para definir o cronograma de ações estratégicas do programa. No Maranhão, as ações de cadastramento de propriedades com mais de 60 suídeos e de vigilância epidemiológica se iniciaram na segunda (23), em Balsas.
“As ações de combate à peste suína clássica estão diretamente ligadas ao trabalho do Governo do Estado voltado para as cadeias produtivas, especialmente a de grãos, que envolve suínos e aves, na transformação de proteína vegetal em proteína animal. A importância desse trabalho é tão grande quanto é a manutenção do estado como livre de febre aftosa para a cadeia da carne e couro”, observa o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Márcio Honaiser.
Atualmente, o sul do Brasil centraliza 80% da criação de suídeos, mas o Maranhão também conta com grandes criadores de suínos, como a Agromina, em Balsas. “A Agromina está completamente tecnificada, atende a todos os requisitos para uma granja certificada, mas, como nós somos área de circulação viral, o criador fica impossibilitado de comercializar fora do estado. Por isso, temos que avançar”, explica Lisieux.
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