A Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) divulgou, nessa quarta-feira (29), que o índice de cobertura vacinal contra a febre aftosa foi de 95,16% do rebanho maranhense. Na segunda etapa da campanha de vacinação - ocorrida no mês de novembro do ano passado - foram imunizados 7.007.802 de bovinos e bubalinos.
O resultado foi considerado satisfatório pelo diretor geral do órgão, Fernando Lima, que explicou que esta foi a primeira campanha realizada após o Maranhão ter sido certificado nacionalmente como Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação, o que ocorreu em setembro do ano passado. “Nesta campanha, também, não houve prorrogação do prazo para o criador vacinar seu animal, como vinha acontecendo nos últimos anos, porque tínhamos que cumprir com o cronograma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que está conduzindo o processo de classificação internacional de Zona Livre de Aftosa do Maranhão junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)”, explicou Fernando Lima.
Ele ressaltou ainda que um dos critérios avaliados para que o Maranhão seja classificado como zona livre é uma cobertura vacinal acima de 90%. “Na campanha passada imunizamos 96,6% do rebanho. Essa pequena queda do índice é normal porque muitos criadores acreditavam que a vacinação não era mais obrigatória após a certificação”, acrescentou o diretor geral da Aged.
Também, nesta campanha foi implantado o Sistema de Gerenciamento Agropecuário do Maranhão, que permitiu a informatização dos resultados da campanha. “Como estávamos implantando esse sistema, houve um pequeno atraso na divulgação dos resultados”, justificou Fernando Lima.
Além do Maranhão, também pleiteiam a classificação internacional de zona livre de febre aftosa os estados do Piauí, Pará, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Alagoas e Rio Grande do Norte.
Faz parte do processo de classificação internacional de zona livre a realização de uma auditoria da OIE, prevista para acontecer no período de 10 a 27 de fevereiro, nos estados do Maranhão, Ceará, Pará e Pernambuco.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), Cláudio Azevedo, ressaltou a parceria com os criadores e disse que a conquista da zona livre é uma vitória não só da pecuária, mas de todo o setor produtivo maranhense. “A pecuária do Maranhão, que já ocupa lugar de destaque, tanto na Região Nordeste, como no cenário nacional tem agora uma real potencialidade de crescimento”, afirmou Cláudio Azevedo.
Para avaliar o Sistema de Defesa Sanitária Animal do Brasil, a comissão da OIE, dividida em duas equipes, também, fará auditorias nos estados do Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.
Publicado em Regional na Edição Nº 14918
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