Para fortalecer as ações de prevenção e minimizar os riscos de transmissão da raiva, o governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Saúde (SES) e da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), as secretarias de Saúde do Pará e do Amazonas, e a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) realizaram uma reunião, no último dia 28, com o intuito de elaborar e discutir a viabilidade das propostas de um Plano de Ação da Vigilância e Controle da Raiva Urbana e Silvestre na fronteira do Maranhão e Pará.
De acordo com a responsável pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) na Aged, Sonivalde Santana, o plano de ação deve ser executado em 2017 e 2018. Entre suas ações está o diagnóstico situacional de municípios limítrofes como Carutapera, Boa Vista do Gurupi, Junco do Maranhão, Centro Novo do Maranhão, Itinga do Maranhão, Açailândia, Cidelândia, Vila Nova dos Martírios e São Pedro da Água Branca.
“Haverá a intensificação das ações rotineiras de vigilância e controle da raiva nas áreas de fronteira, além do intercâmbio de informações, o que facilitará os trabalhos de controle nos dois estados”, explica.
Segundo dados do Ministério da Agricultura de 1990 a 2016, o Maranhão e o Pará possuem os maiores números de casos de raiva humana registrados em um ano. Os números se referem aos anos de 2005, quando o Maranhão registrou 24 casos, e ao ano de 2004, quando o Pará registrou 22. Desde este surto de raiva humana causada por morcegos hematófagos, a doença teve uma redução considerável e os 15 casos registrados entre 2006 e 2013, ano de sua última ocorrência no Maranhão, estiveram relacionados com a raiva canina.
Com o Plano, o governo estadual espera reduzir ainda mais essa incidência, vacinando 100% das pessoas expostas, de animais domésticos e de bovinos e bubalinos em áreas de riscos. “O plano definirá ações conjuntas a fim de evitar um surto na região de fronteira como o que aconteceu há 10 anos, além de colocar nosso estado como referência para outras unidades federativas. É uma ocasião emblemática no Brasil porque é a primeira vez que regiões de fronteira se reúnem para organizar um trabalho de mútua cooperação em prol do controle da raiva”, explicou o chefe do departamento de Zoonoses da SES, Daniel Saraiva.
Publicado em Regional na Edição Nº 15647
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