Com a imunização de 97% do rebanho maranhense, atingida na última campanha de vacinação, realizada de 1º a 30 de junho deste ano, o Maranhão está finalizando uma das últimas etapas para receber a certificação de Zona Livre de Aftosa com Vacinação. A confirmação da certificação deve ser anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) até novembro. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), Cláudio Azevedo, durante entrevista coletiva, nessa terça-feira (14).
O secretário destacou que o ministério exige no mínimo 90% de cobertura vacinal para atingir a zona livre e o Maranhão alcançou 97%. “Ao sermos reconhecidos pelo Governo Federal como zona livre de aftosa, vai melhorar a renda no estado, teremos novos frigoríficos instalados, o rebanho receberá um incremento e vamos gerar mais emprego”, destacou Cláudio Azevedo.
Com a certificação, de acordo com o secretário, a carne produzida no Maranhão poderá ser exportada não somente para o mercado interno, como para o mercado internacional. “Esta é uma grande realização. Vamos abrir para o mundo a carne maranhense, que não deve nada em termos de qualidade para as melhores carnes produzidas nos demais estados do país e no mundo”, completou Cláudio Azevedo.
Cláudio Azevedo aproveitou a oportunidade para agradecer os parceiros do governo para o alcance da meta de cobertura vacinal, citando apoio do Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Maranhão (Fundepec), Superintendência Federal da Agricultura no Maranhão (SFA), Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem), Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faema/Senar) e o Instituto de Agronegócios do Maranhão (Inagro).
O superintendente Federal da Agricultura no Maranhão (SFA), Antônio José dos Santos, que também participou da coletiva, reforçou a informação de que o Maranhão deve receber em novembro a certificação e parabenizou a equipe do governo pelo trabalho feito para o alcance a meta. Presentes, também, o diretor da Agência de Defesa Agropecuária (Aged), Fernando Lima, e do presidente do Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Maranhão (Fundepec), Osvaldo Serra.
“Nós temos todas as condições de, em novembro, consolidar o processo de passagem do Maranhão para Livre de Aftosa com Vacinação”, disse o superintendente federal da Agricultura, ao parabenizar a equipe da Aged pelo trabalho, como também os produtores, por terem alcançando bons resultados na campanha de vacinação.
Sorologia - Em paralelo à campanha de vacinação, a Aged realizou o inquérito soro epidemiológico, que tem por objetivo comprovar a inexistência da circulação do vírus da aftosa no estado. Nesse trabalho, foram coletadas 10.845 amostras de sangue de animais (bovinos e bubalinos) em 420 propriedades de 146 municípios. Essas propriedades sorteadas pelo Mapa reúnem 262.795 bovinos e 343 búfalos, somando 263.138 animais (3,56% do rebanho maranhense).
“Foram feitas coletas de amostras de sangue em propriedades com no mínimo de 30 animais e em bovinos e bubalinos com idade entre 6 e 24 meses”, explicou o diretor geral da Aged, Fernando Lima. Ele disse que das 10.845 amostras de sangue coletadas, 4.500 já foram enviadas ao Laboratório Nacional Agropecuário do Rio Grande do Sul (Lanagro/RS), ligado ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Investimentos - O diretor da Aged, Fernando Lima, lembrou que o Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, garantiu uma ação mais efetiva da agência, que está presente nos 217 municípios. Ano passado, por meio de convênio de R$ 6,5 milhões com a União, foram adquiridos 170 novos veículos, entregues em maio deste ano. Além disso, houve incremento na infraestrutura dos escritórios da Aged com reforma de prédios e compra de equipamentos de informática, entre outros.
As ações de fortalecimento da Aged, segundo o diretor, têm feito com quer os criadores tenha mais credibilidade no trabalho realizado pela Aged. Exemplo disso, segundo Fernando Lima, é o resultado da última campanha, que teve a data adiada por conta da sorologia, mas não prejudicou o índice de cobertura vacinal. “O criador já incorporou essa ideia da importância da campanha para que o estado alcance a certificação de Livre de Aftosa sem Vacinação”, observou Fernando Lima. (Elizete Silva)
Publicado em Regional na Edição Nº 14479
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