São Luís - Fiscais e técnicos dos serviços veterinários da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), órgão ligado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), estão participando, nestas quarta e quinta-feiras, do segundo treinamento para a realização da sorologia do rebanho maranhense. O inquérito soroepidemiológico tem como objetivo constatar a inexistência do vírus da aftosa, um dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que o estado seja classificado, no segundo semestre deste ano, como Zona Livre de Febre Aftosa.
As coletas das amostras de sangue serão iniciadas, ainda este mês, em aproximadamente 400 propriedades rurais de 147 municípios maranhenses, selecionadas pelo Mapa para participar da sorologia. Os animais que participarão dos exames não poderão ser vacinados durante esta I Etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa, que está acontecendo no período de 1º a 30 de junho.
As propriedades sorteadas que terão recolhimento de amostras, fazem parte das UPAs (Unidades Primárias de Amostragens) que é formada por uma propriedade com no mínimo 30 animais de 6 e 24 meses, entre bovinos e bubalinos. Animais com mais de 24 meses não serão coletados por já terem passado por múltiplas vacinações e poderão assim, ser reagentes nos testes sorológicos.
O treinamento está sendo dividido em duas etapas, sendo o primeiro dia, a parte teórica, que está acontecendo no auditório do curso de zootecnia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e, nesta quinta-feira (21), será dado o treinamento na prática, nas instalações do curral, localizado na universidade.
Coleta de amostra - Os fiscais do Mapa, Reginaldo Santos Nogueira e Plínio Leite Lopes, estão em São Luís cumprindo esta segunda etapa do treinamento sobre sorologia, sendo esta, direcionada à coleta de amostras, acondicionamento, preenchimento das fichas dos animais que serão sangrados e envio do material para o laboratório oficial.
Neste primeiro dia os fiscais falaram sobre a necessidade de demonstrar a ausência de circulação do vírus nos últimos meses, do delineamento baseado em orientações técnicas do código sanitário, estudo para a amostragem para detecção de animais infectados, que formam um conjunto de elementos de controle de cadastro e fiscalização, itens necessários aos procedimentos para a solicitação de reconhecimento internacional da área sob avaliação como zona livre de febre aftosa.
Os fiscais esclareceram que o que já foi feito nas últimas campanhas e na primeira etapa do processo, que foram as visitas prévias às propriedades, são de um valor primordial para esse momento e mais a etapa do delineamento amostral, cálculo do número de animais para a coleta das amostras. O diretor geral da Aged, Fernando Lima, reafirmou a importância dessa segunda etapa do treinamento, onde será necessário o comprometimento técnico, que é fator primordial para que tudo dê certo. “Poderão surgir problemas, mas será fundamental unir forças para que o resultado seja positivo”. (Rita Cardoso)
Publicado em Regional na Edição Nº 14433
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