O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), declarou estado de emergência fitossanitária referente ao risco de surto da praga Helicoverpaarmigera nas regiões de Chapadinha e Balsas, respectivamente no leste e sul do estado do Maranhão. A Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), é a responsável pela tomada das medidas de controle da praga.
O estado de emergência foi declarado por meio de decreto publicado, nesta sexta-feira (16), no Diário Oficial da União (DOU) e visa a implementação do plano de supressão da praga e a adoção de medidas emergenciais, definindo prazo de um ano para que essas medidas sejam adotadas.
O fiscal estadual agropecuário do setor da Defesa Vegetal da Aged, Hamilton Cruz, falou sobre essas medidas de controle. “A definição de qual dessas medidas devem ser adotadas, vai depender do nível de dano econômico, do tipo de cultivo e da relação custo-benefício”, informou ele.
Quanto ao uso de controle químico, o Ministério da Agricultura pode liberar a importação do produto e um dos fatores é a decretação de estado de emergência. “Mas não será qualquer produtor que poderá obter a autorização para o uso do produto, somente aqueles que forem afetados e após enviar um requerimento para a Aged e mais alguns documentos exigidos pelo Ministério, para que ele o autorize”, explicou o fiscal da Aged.
O produtor de soja, milho e feijão, Marcos Sandri, da região de Balsas conta como foi afetado pelo ataque da praga “Ela me atingiu de forma violenta e é assustador o modo como a praga ataca rapidamente. Acredito que tive um aumento em torno de 20% de compra de inseticida para tentar combatê-la e cerca de 10% de prejuízo na minha produção”, contou o produtor Marcos Sandri.
A lagarta Helicoverpaarmigera vem atacando as culturas de soja, milho e algodão e já causou danos significativos para os produtores rurais, no Brasil. Os estados brasileiros que já foram afetados por essa praga, além do Maranhão, foram, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pará, Goiás, Paraná e Piaui. Em março deste ano foi decretada situação de emergência fitossanitária na Bahia, estado que mais tem sofrido com essa praga, com prejuízos calculados em R$ 1 bilhão.
A lagarta é muito agressiva e ataca as folhas de plantas, vagens e consomem os grãos. (Rita Cardoso)
Publicado em Regional na Edição Nº 15006
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