Hemerson Pinto
Foi o segundo protesto em menos de dez dias. Um grupo de moradores do povoado São Félix, uma das comunidades cortadas pela Estrada do Arroz, realizou na manhã de ontem mais uma manifestação na rotatória de acesso à Suzano.
As reivindicações cobram obras de melhorias em uma estrada vicinal que liga a Estrada do Arroz às margens do rio Tocantins, na localidade conhecida como ‘Viraçãozinha’.
Segundo pessoas contrárias ao protesto, “é um movimento articulado por fazendeiros e pelo menos dois vereadores de Imperatriz, que não aparecem mas incentivam o protesto por algo que vai reivindicar benefícios para um número muito pequeno de pessoas, incluindo um dos vereadores que têm terra naquela região. É uma estrada que leva para chácaras e fazendas procuradas por seus proprietários para o lazer dos finais de semana. É diferente do pequeno produtor rural que precisa de estrada para escoar produções e até receberam este benefício do Governo do Estado com a recuperação das vicinais”, declarou uma das lideranças comunitárias dos movimentos ligados às comunidades da Estrada do Arroz.
Desde o último protesto realizado na entrada da empresa, o Fórum de Defesa e Cidadania dos Povoados da Estrada do Arroz já informava ao jornal O PROGRESSO que não tinha envolvimento com os protestos que vinham sendo realizados.
“Nossa luta já vem sendo conquistada aos poucos com a pavimentação da Estrada do Arroz. O Fórum não está realizando protesto, fizemos muito isso. Hoje estamos, sim, fiscalizando e acompanhando as obras que estão em andamento”, afirmou em outra oportunidade a senhora Maria de Lourdes, presidente do Fórum.
As estradas vicinais para recuperação foram decididas em reunião da Sinfra com a prefeitura e comunidades. A que estão reclamando não foi apontada pelas comunidades por não ter povoados.
Na manifestação realizada na manhã de ontem, o trânsito ficou impedido por obstáculos como pedras, pedaços de madeira e pneus que serviram para alimentar o fogo provocado pelos manifestantes. A organização deste manifesto afirmou que a luta do grupo de moradores também é por agilidade no processo de pavimentação do trecho da Estrada do Arroz que ainda não recebeu o asfalto.
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