Resultados preliminares da pesquisa que visa mapear a Covid-19 na Região Metropolitana de São Luís, Maranhão, mostram que mais de 14% das pessoas pesquisadas tiveram casos suspeitos ou confirmados da doença em casa. O mapeamento envolve pesquisadores das universidades Estadual (UEMA), Federal (UFMA) e do Instituto Federal (IFMA) do Maranhão.
Os primeiros resultados do trabalho são do período de 16 a 18 de abril e que analisou 2.400 respostas em formulário de coleta de dados disponibilizado na plataforma web. Os dados mapeados devem ser atualizados semanalmente.
Quem ainda não participou da pesquisa pode responder ao questionário acessando o endereço https://bit.ly/mapacovidslz. É importante a participação da população, uma vez que o mapeamento vai auxiliar os estudos sobre a pandemia. 
A pesquisa, que tem entre seus coordenadores o professor do IFMA e atual diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), André Santos, alcançou, nesta etapa, os municípios de Alcântara, Axixá, Bacabeira, Cachoeira Grande, Icatu, Morros, Paço do Lumiar, Presidente Juscelino, Raposa, Rosário, Santa Rita, São José de Ribamar e São Luís. 
O levantamento tem como objetivo realizar mapeamento participativo dos casos suspeitos e confirmados de Covid-19 na região metropolitana da capital, a partir das opiniões expostas por seus moradores, obtidas por meio do preenchimento de questionário com 27 perguntas objetivas, tendo a possibilidade de preenchimento textual (pergunta aberta) em somente um caso, acerca dos motivos de não cumprir o distanciamento social recomendado pelo Ministério da Saúde brasileiro, em 12 de março. Além disso, identifica pessoas que estão com alguns dos sintomas da Covid-19.
A pesquisa, realizada mediante um questionário on line, via Google Forms, conta ainda com o apoio de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Universidade de Coimbra, em colaboração com o Grupo de Pesquisa GEORISCO do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de São Paulo.
O número de pessoas que responderam "sim" à pergunta sobre ter casos suspeitos da Covid-19 em casa representa 12,31% do universo pesquisado e, sobre ter casos confirmados, 2,24%. A pesquisa também quis saber sobre a existência de pessoas do grupo de risco na residência e o resultado foi que 69,90% disseram residir com diabéticos; hipertensos; portadores de insuficiência cardíaca, renal ou doenças respiratórias.
Quanto ao questionamento sobre ser de acordo com as medidas de isolamento social, 96,08% consideram as medidas importantes. As principais motivações para as pessoas não cumprirem o isolamento social são: realizar atividades remuneradas (trabalho formal ou informal), comprar alimentos, remédios e pagar contas, por motivos de doença e não considerar o isolamento importante para conter a Covid-19.
Ao todo, são 27 perguntas que compõe o questionário. Mais detalhes sobre o resultado preliminar pode ser obtido no endereço https://geoproufma.wordpress.com/. (Fonte: Fapema)