A Justiça estadual acatou o pedido de prisão temporária feito pelo Ministério Público do Estado do Pará contra 11 policiais militares e 2 civis, pela participação no fato ocorrido no município de Pau D'Arco, que vitimou 10 trabalhadores rurais que ocupavam a fazenda Santa Lúcia. Os promotores de Justiça de Redenção Alfredo Martins de Amorim, José Alberto Grisi Dantas e Leonardo Jorge Lima Caldas assinam o pedido de prisão temporária.
Policiais federais saíram às ruas para cumprimento dos mandados de prisão contra os 13 policiais.
O Ministério Público requereu a prisão temporária dos 13 policiais, em breve será oferecida à Justiça a denúncia sobre esse caso. De acordo com a lei a prisão é por 30 dias, por tratar-se de crime hediondo, podendo ser prorrogada por igual período.
A chacina em Pau D'Arco aconteceu no dia 24 de maio, na fazenda Santa Lúcia. Um grupo de policiais civis e militares foi até a fazenda para dar cumprimento a mandados de prisão de suspeitos de envolvimento na morte de Marcos Batista Ramos Montenegro, um segurança da fazenda que foi assassinado no dia 30 de abril.
De acordo com a polícia, os assentados tinham um arsenal de armas de fogo e reagiram à presença dos policiais. Houve troca de tiros, que resultou nas mortes. Mas, familiares das vítimas e sobreviventes alegam que a ocupação da fazenda era pacífica, que os policiais chegaram de forma truculenta e atiraram sem provocação.
Segundo a Comissão de Direitos Humanos da Alepa, no dia em que os posseiros foram mortos, policiais envolvidos na operação retiraram os corpos antes que perícia fosse realizada.
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