Apesar do cenário de crise econômica nacional, o número de empresas registradas na Junta Comercial do Estado do Maranhão (Jucema), entre os meses de setembro e novembro, cresceu 41% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados da Junta Comercial não incluem o Microempreendedor Individual (MEI) e são integrantes do relatório estatístico do órgão. Segundo o documento, nesses três últimos meses foram registrados 2.172 novos estabelecimentos, comparado ao mesmo período de 2015, quando foram contabilizados 1.536 empreendimentos.
De acordo com o levantamento, a constituição de Microempresas lidera o ranking com 1.836 formalizações do período, seguida das Empresas de Pequeno Porte que somam 191 e porte normal com 146. Desse total, o tipo jurídico Empresário totaliza 1.257 e o Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) 205.
Ao analisar os percentuais apontados pelo banco de dados da Junta Comercial, o presidente da Jucema, Sérgio Sombra, reforça que os números evidenciam as ações de desburocratização que vêm sendo implantadas pelo órgão e a política de incentivo ao empreendedorismo implantada pelo governo estadual. “Esse é um resultado que está na contramão da crise e que comprova o dinamismo da economia maranhense estimulado especialmente pelas medidas determinadas pelo governador Flávio Dino”, analisou o presidente.
De acordo com Sérgio Sombra, a crise impulsiona a formalização do negócio próprio. “Ter a possibilidade de sair do desemprego ou formalizar uma ideia de empreendimento é a chance que muitos procuram para superar a crise e melhorar a renda familiar. É uma estratégia para atravessar a atual conjuntura econômica do país. Em tempos de crise, o empreendedorismo costuma crescer”, pontuou.

Menos burocracia

Os números positivos dos três últimos meses analisados pela Jucema também refletem a desburocratização do processo de abertura de empresas conduzido pelo órgão. Desde o ano passado que as constituições, alterações e baixa de empresas passaram a ser feitas exclusivamente pelo programa Empresa Fácil Maranhão, sistema gerenciado pela Junta Comercial, que integra as informações entre os vários agentes envolvidos nas licenças. Além disso, agora também é feita a digitalização do acervo e a abertura de novos pontos de atendimentos na Grande Ilha e em vários municípios maranhenses.
A vantagem é que o empresário, ou o seu contador, não precisa mais se dirigir a diferentes órgãos e secretarias, já que o programa torna a Jucema porta única de entrada de informações para o registro empresarial. Outra iniciativa é a Caravana do Empreender que aproxima ainda mais os serviços da Junta Comercial dos empreendedores que desejam formalizar o seu negócio, ao levar para os bairros da capital e do interior, serviços e orientações sobre registro de empresas e empreendedorismo.
“Nosso objetivo é simplificar a vida de quem quer empreender. Estamos trabalhando em várias frentes para desburocratizar todos os procedimentos, incentivar a formalidade dos negócios, ficar cada vez mais próximo dos nossos clientes e contribuir para o desenvolvimento do estado”, afirmou Sérgio Sombra.