O Maranhão prepara-se para estrear no mercado de usinas flex de etanol. O município de João Lisboa vai ganhar unidade produtora de biocombustível, mas a cana-de-açúcar não será matéria-prima. A produção será feita a partir da batata doce industrial.
A futura unidade flex é empreendida pelo empresário Dimas Silva em área no Distrito Industrial de João Lisboa. A instalação será em uma área de três hectares pertencente à família .
Em prazo de seis meses, a contar deste março de 2020, segundo o empresário informou ao prefeito de João Lisboa, Jairo Madeira, durante visita dele à área do empreendimento no fim de janeiro último. A estrutura da usina será construída pela D6 Metalúrgica, empresa da família Silva. A estrutura será montada em seu endereço atual. Em 90 dias, ela estará montada e, em seis meses, deverá entrar em funcionamento.
Trata-se de uma usina flex produtora de etanol hidratado, cuja matéria-prima será a batata doce industrial ou o milho. A tecnologia foi desenvolvida na Universidade Federal do Tocantins (UFT) com a produção de etanol, tanto o hidratado quanto o anidro, tendo como matéria-prima a batata doce para produzir etanol com a qualidade exigida pelas normas vigentes que possibilitará o desenvolvimento da Usinaflex.
A expectativa é de que a usina produza 30 mil litros de etanol por dia. Segundo o empreendedor, cada tonelada de batata doce industrial gera 190 litros de etanol.
A unidade deverá gerar um bom numero de empregos diretos e outros indiretos. A proposta é fomentar a agricultura familiar no município. A empresa controladora D6 Agroindustrial Usina Flex, garante o escoamento da produção de quem investir nesse tipo de batata, que é diferente daquela comumente encontrada em supermercados.
O etanol produzido passará a ser comercializado na rede de postos de combustíveis diretamente.
Com fabricação no próprio município, o combustível terá uma significativa redução em seu custo final. Atualmente o etanol comercializado em João Lisboa e outros municípios vizinho vem de outros estados, com custo de frete.
Com a usina já em funcionamento, o etanol produzido passará a ser comercializado na rede de postos de combustíveis do município e demais regiões . Por ser elaborado no próprio município, o combustível terá uma significativa redução em seu custo final, conforme explica Helberth de Oliveira, autor e idealizador do Projeto Etanol Justo e Social.
Então, vamos baratear muito esse preço final e desde já arrisco a dizer que podemos vender pela metade da tabela praticada hoje nos postos de combustíveis, reiterou Helberth de Oliveira.
O prefeito Jairo Madeira agradeceu ao empresário Dimas Silva pela iniciativa. "A família Silva está fazendo um novo investimento no município e isso nos deixa muito contentes. Nesse projeto, o município não precisará doar nenhuma área pois os próprios investidores o farão. Quando empresários investem em João Lisboa, o município se desenvolve, a cidade cresce e as pessoas tem emprego e renda. O resultado é imediato, disse.
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Usina
Flex em São Luis
A empresa norte americana GCarbon Brasil estará construindo uma usina de etanol com capacidade de 304 milhões de litros por ano (76 milhões de gal/ano .) em São Luís, Maranhão, próximo ao Porto de Itaqui.
Investidores americanos possuem vários bilhões de dólares em ativos em gestão e US $ 200 milhões em liquidez para investimentos. Estão preparados para investir US $ 30 milhões nos projetos brasileiros . O tamanho dessa planta dependerá do comprometimento de recursos para o plantio do através do Pronaf, e da area planejada para a produção de batata-doce, mas o tamanho pode ser grande. As discussões giram em torno de uma planta com capacidade de 200.000 litros por dia (76 milhões de litros por ano).
A usina será construída em três fases de 76 milhões de litros na fase 1, 152 milhões de litros na fase 2 e 304 milhões de litros na fase 3, a partir de 2020, quando as licenças forem emitidas. A principal inovação no projeto da planta é incorporar um digestor de biogás para resíduos de suínos que também processa resíduos não alimentados da planta. Também vamos pré-aquecer processar água com térmica solar e usar resíduos de madeira e caliandra para produzir e gerenciar a temperatura do vapor. Esperamos obter intensidade de carbono para abaixo de 20 com 70-85% de reduções de co2 ciclo de vidas alcançadas.
A produção do Etanol Social pode dinamizar as relações comerciais entre os Estados amazônicos, considerando o aproveitamento das potencialidades locais e a diversificação da produção. Isso pode significar, ainda, uma opção para as famílias que se encontram atualmente sem alternativa e que, organizadas em associações de pequenos produtores, para implantação de miniusinas, terão um grande benefício social pela geração de renda e fixação do homem na terra evitando-se o êxodo rural. No plano específico mercadológico, além de combustível, o etanol pode ser utilizado para fins comerciais, industriais e farmacêuticos, geração de energia e fabricação de bebidas. (Assessoria)
Publicado em Regional na Edição Nº 16571
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