O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) disponibilizou, na sexta-feira (18), ampla análise da Produção Agrícola Municipal (PAM), que avalia a evolução do setor agrícola maranhense entre os anos de 1998 e 2018. O estudo foi construído com base em levantamento de dados sobre o setor, que é realizado e divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A PAM avalia a dinâmica da área colhida nas últimas duas décadas, com informações sobre os principais produtos agrícolas do Estado com maior Valor Agregado, sua distribuição nos municípios e a evolução deles durante o período.
A pesquisa também analisa o comportamento das Lavouras Temporárias e Permanentes do Maranhão nos últimos dois anos, detalhando as principais características e desafios para o setor agrícola. Para ter acesso ao documento completo, acesse: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/outras-publicacoes/321
Em 20 anos, o cenário agrícola do Maranhão passou por transformações, tendo em vista que nesse período, a evolução da área colhida apresentou uma taxa média de crescimento de 2,41% ao ano com apenas 0,2 pontos percentuais a menos que a média do Brasil.
O ranking dos principais produtos colhidos também mudou. As produções de soja e milho passaram a ser os produtos agrícolas mais cultivados, ultrapassando a produção de arroz e mandioca, que eram os principais cultivados em 2008.
O presidente do Imesc, Dionatan Carvalho, avaliou a importância da pesquisa para o Maranhão. "Por tratar do comportamento dos principais produtos da economia brasileira, a PAM é uma pesquisa substancial na elaboração de políticas públicas, bem como planejamento dos governos estaduais. Não é diferente para o Maranhão, o qual possui uma população rural de 32,81%, sendo que o percentual de pessoas ocupadas na agropecuária é da ordem de 15,7% em relação ao total de ocupados, segundo dados da Pnad Contínua referente ao segundo trimestre de 2019", explica.
Mudança de cenário
O pesquisador do Imesc, Anderson Nunes, observa que a escolha do recorte temporal de análise entre 1998 e 2018, leva em consideração que durante esse período foram observadas mudanças importantes no setor agrícola do Estado.
"Durante esse período alguns fatores críticos e estruturais ocorreram de forma mais nítida, como a mudança no ranking em que o cultivo do arroz reduziu significativamente em comparação aos demais grãos e passou a depender mais fortemente de dois produtos: a soja e o milho", pontuou.
Lavouras
A PAM mostra que as lavouras têm um peso considerável (48,2%) no Valor Adicionado Bruto (VAB) do setor primário no Maranhão. Levando em conta as cinco atividades econômicas que compõem o VAB da Agropecuária no ano 2016, a lavoura respondeu por 46,3% do setor.
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