São Luís - Gestores e assessores da Secretaria de Estado Extraordinária da Igualdade Racial (Seir) tiveram a oportunidade de conhecer a metodologia do Living Lab (Laboratório Vivo), apresentada pelo secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectec), Osvaldo Saavedra. O encontro foi realizado na terça-feira (14), na sede da Seir, com a presença da secretária Claudett Ribeiro e do secretário-adjunto Raimundo Borges.
Durante a reunião, a secretária Claudett Ribeiro destacou a importância do uso da ciência, tecnologia e inovação para redução do quadro de pobreza do estado. “O desenvolvimento econômico e social se faz com a integração entre a ciência e os saberes populares, por isso é essencial que tenhamos o conhecimento de novas metodologias científicas e sejamos qualificados para compreender e atender às necessidades das comunidades tradicionais, dos povos de terreiro, indígenas, ciganos e demais públicos com os quais atuamos”, afirmou Claudett Ribeiro.
Na apresentação, Osvaldo Saavedra apresentou a metodologia e a trajetória do Living Lab, uma experiência que teve início na União Européia, em 2006, e chegou ao Brasil em 2010. Propõe uma nova forma de abordar a pesquisa científica, em ambientes de inovação aberta, por meio da cooperação entre os atores envolvidos como, por exemplo, comunidades, universidades, institutos de pesquisa, empresas e governo. No Maranhão, a experiência começou a ser divulgada e vivenciada pela Sectec no segundo semestre de 2011.
Segundo o Osvaldo Saavedra, o Living Lab é uma metodologia importante para a área social, pois permite que haja maior interação entre os envolvidos no processo de construção de propostas que beneficiem as comunidades. “Essa metodologia torna muito mais eficaz qualquer política pública e possibilita a sustentabilidade, pois com a participação ativa dos beneficiados é possível corrigir erros do passado, quando o poder público agia de forma vertical. Com o Living Lab, as políticas podem ser direcionadas ao perfil da comunidade, às suas necessidades, potencialidades e interesses”, explicou Osvaldo Saavedra.
Para ser intitulada como Living Lab qualquer organização pública ou privada de qualquer lugar do mundo precisa submeter uma proposta via formulário para integrar a European Network of Living Labs – EnoLL, associação internacional com sede em Bruxelas, sem fins lucrativos, que reúne Labs do mundo todo. Se aceita, a proposta recebe o selo que certifica como Living Lab que permite, entre outras vantagens, o acesso a fundos europeus e outras fontes de financiamento.
No Brasil existem Labs nos estados do Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. No Maranhão, a Sectec irá submeter, este mês, proposta para ser Living Lab. Demais interessados tem prazo para envio de propostas é até o dia 29 de fevereiro. (Danielle Moreira)