Buriticupu – O Ibama já desativou dez serrarias no polo madeireiro de Buriticupu, a cerca de 420 km de São Luís, no Maranhão. As empresas - que usavam madeira extraída ilegalmente da Reserva Biológica do Gurupi e das terras indígenas Arariboia, Alto Turiaçu, Caru e Awá - estavam embargadas desde o ano passado, mas continuavam a funcionar irregularmente. O instituto ainda aplicou R$ 1,9 milhão em multas e apreendeu 3,2 mil m³ de madeira irregular nas madeireiras (cerca de 160 caminhões cheios).
Ibama, Força Nacional, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, com apoio do Ministério do Trabalho e Sistema de Proteção da Amazônia, realizam a operação Maurítia na região.
O desmonte das serrarias irregulares ganhou velocidade nos últimos dias após a apreensão no sábado (03/09) de dois caminhões bi-trens e duas pás-carregadeiras numa exploração ilegal de madeira no lado norte da Rebio do Gurupi. As máquinas, juntamente com os dois caminhões munk do Ibama, estão apoiando as operações de desmanche.
Até o momento, 15 empresas do polo foram fiscalizadas. No rol das irregularidades identificadas nas madeireiras de Buriticupu, há de tudo um pouco. Além de descumprimentos de embargos e falta de licenças ambientais, os fiscais flagraram uma serraria embargada que obteve uma licença ambiental de operação na Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Maranhão; outra que serrava paus-amarelos (*Euxylophora paraensis*), árvore ameaçada de extinção; uma terceira que, mesmo regularizada, tinha o volume considerável de 1,3 mil m³ de madeira ilegal no pátio (65 caminhões cheios), e ainda serrarias que inseriam dados falsos no DOF (sistema federal que controla o comércio e transporte de produtos florestais no estado) e usavam “laranjas” para operar seus empreendimentos ilegais. (Nelson Feitosa - Ascom Ibama/PA)
Publicado em Regional na Edição Nº 14201
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