Domingos Cezar

A área de aproximadamente 157 hectares, de propriedade da VALEC, que por muitos anos foi sede do Horto Florestal Arara Azul, será repassada à Prefeitura de Imperatriz, por intermédio da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente – SEPLUMA, e para a Universidade Federal do Maranhão – UEMA. Desativado há uns quatro anos, a área vem sendo sistematicamente invadida.
Há denúncias de que os animais silvestres, como cutia, capivara, veado, paca, entre outros, estão sendo dizimados, principalmente depois que foi construído e passou a ser habitado o Conjunto Habitacional Itamar Guará, que se confronta de um lado. Na outra parte, a área faz divisa com a ferrovia e pátio da Vale Logística Integrada – VLI. O escritório, zoológico, laboratório e viveiro de mudas, tudo foi destruído pela ação do tempo.
“Estamos recebendo essa área que a transformaremos em uma Unidade de Conservação Municipal, numa parceria entre a prefeitura e a UEMA”, informou o titular da SEPLUMA, Richard Seba Caldas. O secretário afirmou que a prefeitura buscou a parceria da UEMA para que a universidade forneça seus técnicos da área ambiental e a Unidade sirva para estudos e pesquisas das escolas e universidades.
De acordo com Richard Seba, até meados de dezembro um representante da VALEC virá a esta cidade para conhecer o projeto que está sendo elaborado para que a doação seja concretizada, oficialmente. “A Universidade Estadual do Maranhão tem vários professores que são especializados na área ambiental, os quais, com certeza muito colaborarão com esse projeto que conta com a participação de técnicos da SEPLUMA”.
Na ocasião, ele convidou a arquiteta da SEPLUMA, Tereza Cristina, responsável pela elaboração do projeto que será apresentado ao representante da VALEC. Ela revelou que parte da área já foi invadida, razão porque se encontra degradada, mas garantiu que a prefeitura vai recuperar a área, construir novo prédio da administração, museu de fauna e flora, auditório e laboratórios para projetos de pesquisas.
O secretário Richard Seba informou que está conversando com as pessoas que invadiram a área, explicando-lhes que não há usucapião em áreas públicas, razão porque podem ser punidas judicialmente. “Desta forma, eles estão compreendendo e estão prometendo abandonar a área para que nós possamos recuperar a área que foi degradada por eles e então implantarmos a Unidade de Conservação Municipal”, concluiu.