O autor Paulo Maciel entre Manoel da Conceição (pai) e Manoelzinho (filho) na AIL

Domingos Cezar

Professores, estudantes e pessoas interessadas na boa leitura e na fantástica história da Guerrilha do Araguaia compareceram em massa e lotaram, na noite da última sexta-feira (12), o auditório “Vito Milesi”, da Academia Imperatrizense de Letras – AIL, para a noite de autógrafos da obra Guerrilha do Araguaia/Tocantins, do historiador Paulo Maciel.
Na solenidade simples, o jornalista/escritor Domingos Cezar, que representou a AIL, disse de sua satisfação e de todos os confrades e confreiras em receber naquela Casa de Letras mais uma obra literária de autores locais. “Imperatriz é a cidade que mais produz livros no Norte do país e isso se deve ao estímulo desta Casa a todos que querem produzir livros dos mais variados gêneros”, disse o acadêmico.
O também acadêmico, editor e historiador Adalberto Franklin, que representou a Ética Editora, falou da profundidade que o autor Paulo Maciel mergulhou para escrever a obra. “Foram tantas entrevistas em campo, no local mais frequentado pelos guerrilheiros, que transformou esse livro em verdadeiro documento histórico”, frisou Franklin.
Por sua vez, o professor Luiz Maia, orientador de Paulo Maciel, também participou de viagens ao sudeste do Pará, notadamente em São Domingos do Araguaia, aonde existia uma base do Exército que combatia a guerrilha. Para Maia, “o livro realmente é um documento que muito vai auxiliar a comunidade acadêmica em suas pesquisas”.
A professora Regina Célia Costa, conterrânea de Paulo Maciel, foi a responsável para fazer os comentários à pessoa do autor. Lembrou as dificuldades vividas pela família de Maciel no interior do Maranhão e de sua dedicação à escola, como aluno e agora professor. A mesma lembrança teve o líder camponês Manoel da Conceição, o qual, mesmo com problemas de saúde, compareceu ao evento.
Antes de iniciar a sessão de autógrafo, Paulo Maciel observou que seu livro, diferentemente de algumas obras que tratam desse tema, foi acrescido do Tocantins, porque parte da guerrilha foi vivida em Imperatriz e Porto Franco, portanto em terras tocantinas. “Espero que nossa obra seja bem recebida por todas as pessoas de nossa região”, disse o autor.