O grupo Apoena da Universidade Federal do Maranhão, Campus Imperatriz, que trabalha a educação e prevenção à saúde em comunidades indígenas, visitaram nesse fim de semana, 21 e 22 de outubro, a aldeia Bacurizinho, localizada próximo ao município de Grajaú.
A comunidade é composta por povos Guajajara, que falam em sua maioria a língua materna e o português, a subsistência deste grupo é baseada no plantio de roças de feijão, mandioca e comércio dessas mercadorias.
O projeto desenvolveu diversas atividades na aldeia, como palestras sobre vacinas, noções básicas de primeiros socorros, tuberculose, hipertensão, álcool e drogas, direitos humanos e cotas nas universidades, hepatite e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A equipe também realizou visitas domiciliares para aferição da pressão, distribuição de hipoclorito para o tratamento da água, aplicou questionários para levantamento de dados para produções científicas e atividades recreativas de caráter preventivo para saúde bucal com as crianças.
Raimundo Benedito Namiaw, morador da aldeia, com 98 anos de idade e com aspecto saudável, casado, pai de cinco filhos e que fala as línguas Guajajara e Português, nos conta que na aldeia há uma grande dificuldade quanto à saúde, prevenção e educação ambiental. “Isso que vocês estão nos contando aqui, nunca veio ninguém nos orientar, nem mesmo sobre água ou coleta do lixo”, assevera.
Durante as palestras, a comunidade também podia contar com uma equipe que realizava aferição da pressão arterial e teste de glicemia. Por fim, ao encerrar as atividades, os indígenas que participaram ativamente das palestras receberam um certificado de participação.

Apoena
Apoena, da tradução “aquele que enxerga longe”, é um projeto multidisciplinar da UFMA, Campus de Imperatriz. É composto por alunos dos cursos de Direito, Jornalismo e de Enfermagem, que trabalham com palestras sobre temáticas de educação e saúde, além de registro documental das mesmas. Além deles, os professores Cecilma Miranda, Carlos Claudino e Fábio Cadias integram a equipe.
O estudante do Curso de Enfermagem da UFMA, Vitor Pachelle, que é voluntário e integrante do grupo, conta que o trabalho que o APOENA desenvolve é de fundamental importância para as comunidades indígenas. “Ajudamos eles a terem algumas noções básicas para melhorar a qualidade de vida com palestras e visitas domiciliares e por outro lado quebramos nossos próprios tabus em relação aos índios. Realmente, é uma experiência magnífica”, completa. (Welbert Queiroz – Assessoria)