O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), promoveu, na terça-feira (19), o debate com o tema “Mídia, Poder e Democracia: porque democratizar a comunicação é democratizar o Brasil”. A discussão, que foi conduzida pela jornalista Cynara Menezes (Socialista Morena) e pelo titular da Sedihpop, Francisco Gonçalves, foi mediada pelo sociólogo e radialista Ricarte Almeida Santos. O encontro aconteceu na Galeria do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho (Praia Grande).
O encontro, denominado “Diálogos Insurgentes”, teve o objetivo de debater sobre a mídia no estado democrático de direito, contribuir para a ampliação da consciência crítica sobre o tema e apontar caminhos de intervenção, além de possibilitar espaço de interlocução entre representantes de diversos setores. O encontro resultou, ainda, em uma discussão sobre mídias alternativas. “Esse foi um bom debate sobre novas formas de comunicação e de fazer jornalismo e sobre o papel da internet nesse cenário. Com a internet, suprimos a ausência de fontes alternativas à grande mídia, hegemônica no país. Agora, temos canais de comunicação disponíveis de forma mais barata e mais democrática”, destacou a convidada, Cynara Menezes.
O secretário de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, ressaltou a importância do debate. “Se estamos pensando na democratização da mídia como forma de democratização da sociedade, esse debate perpassa pelo debate sobre o respeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão”, afirmou. “Precisamos desenvolver modelos de comunicação que permitam ampliar os espaços de interlocução, inclusive para que possamos tratar de agendas sobre os direitos da população LGBT, das mulheres, dos povos indígenas, e demais minorias”, acrescentou.
Também fizeram parte do debate, o atual cenário político brasileiro e o papel da mídia nesse contexto. O público aprovou a realização dessa edição do “Diálogos Insurgentes”. “No momento em que o país está polarizado, esse tipo de debate é fundamental para que a sociedade possa construir opiniões conscientes sobre o futuro da nossa democracia”, avaliou positivamente o jornalista Bruno Lacerda.
“Foi um diálogo muito rico que tratou de um tema do nosso dia a dia que muitas vezes não encaramos como algo importante a ser debatido. Foi importante, também, porque muitas pessoas não têm a visão que o direito à comunicação faz parte do respeito aos direitos humanos. Se queremos viver uma democracia de fato precisamos pautar debates como esse”, afirmou a pedagoga, Gerusa Silva.
Diálogos Insurgentes
Além dessa edição sobre Mídia, Poder e Democracia, foram realizados “Diálogos Insurgentes” sobre temas como Redução da Maioridade Penal; Regularização Fundiária e Conflitos Urbanos; e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. “Com encontros como esse queremos criar espaços de diálogos para debater sobre direitos humanos com pessoas que naturalmente não participam de movimentos sociais. Nosso objetivo é, com debates como esses, desconstruir preconceitos sobre a área dos direitos humanos”, disse Francisco Gonçalves.
Comentários