Atendendo a uma solicitação do governador Flávio Dino, a Secretaria de Indústria e Comércio (Seinc) e representantes do Sindicato de Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Maranhão e do Pará (Sindicanálcool), participaram, nessa quinta-feira (9), de reunião para debater as dificuldades e demandas do mercado maranhense.
A reunião teve como objetivo colher informações sobre o setor sucroenergético do Maranhão para a construção de uma proposta de políticas de incentivo que garantam a segurança jurídica dos produtores instalados no estado.
O secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, ressaltou o compromisso do governo do Estado em dialogar com os representantes de todos os setores produtivos a fim de assegurar as condições legais para o desenvolvimento das cadeias. “As dificuldades existem em todos os setores, mas o governo do Estado tem concentrado esforços para proteger o produtor que está instalado no Maranhão, gerando emprego e renda no nosso estado. Por isso, é preciso promover este tipo de discussão para buscarmos um caminho que seja favorável a toda a cadeia”, frisou.
Para o presidente da Maity Bioenergia, Antônio Celso Izar, a grande dificuldade dos produtores de cana, açúcar e álcool do Maranhão é justamente a falta de políticas e projetos de governo que permitam à agroindústria se implantar de forma segura. “O nosso setor está muito fragilizado, pois ficamos à margem de todo o processo de desenvolvimento do estado. Mas nós acreditamos que o Maranhão é um lugar maravilhoso para trabalhar e confiamos nas mudanças que estão acontecendo”, disse.
O presidente da Agro Serra, Pedro Augusto Ticianel, destacou os investimentos realizados em estrutura e os empregos gerados pela indústria, localizada em São Raimundo das Mangabeiras. “Hoje nós geramos três mil empregos e investimos R$ 40 milhões somente em irrigação. Mas esses números poderiam ser ainda maiores se tivéssemos mais apoio”, afirmou.
A presidente do Sindicanálcool, Cíntia Ticianelli, lembrou que diversos estados do Nordeste já contam com uma proteção jurídica aos produtores de açúcar e álcool no período de safra e frisou a importância de serem aplicadas leis semelhantes no Maranhão.
Diálogo
Em um segundo momento da reunião foram recebidos os representantes da Copersucar, empresa comercializadora de açúcar e etanol no Maranhão, que realizaram uma rodada de diálogo com os integrantes do Sindicanálcool.
Cíntia Ticianelli ressaltou a necessidade de união dos setores que compõem a cadeia produtiva sucroalcooleira na construção de propostas construtivas em prol do desenvolvimento. “Acredito que o nosso objetivo foi alcançado nesta primeira rodada de diálogo e espero que novas oportunidades como esta sejam criadas para atingirmos o nosso objetivo maior, que é o progresso do setor sucroalcooleiro do Maranhão”, avaliou.
Simplício Araújo afirmou que o debate entre produtores e comercializadores de açúcar e álcool será intensificado e novas rodadas de diálogo serão realizadas na próxima semana, conforme orientação do governador Flávio Dino.
Participaram os representantes da Copersucar, Toyofumi Tsuda e Wailton Marques, representando o diretor de Relações Institucionais da cooperativa, Rodrigo Navarro; e representantes da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Georgeane Fonseca e Mércia Lanary.
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