Pequenos produtores de óleo babaçu do município de Lago do Junco estão agora em uma nova fase de produção e comercialização. O Governo do Maranhão entregou nesta quarta-feira (24) uma usina nova e equipada para a Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas do Lago do Junco (Coopalj). A agroindústria foi inaugurada pelo governador em exercício Carlos Brandão.
Com os equipamentos, a Cooperativa, que já existe há 28 anos e que produzia óleo de babaçu bruto, agora também poderá fabricar o óleo refinado, o que garante maior valor agregado ao produto.
“Quando nós, trabalhadores rurais e quebradeiras de coco, saímos da era da quebra do coco e chegamos no processamento e por último no refino, isso é de fundamental importância porque vai virar uma página da história na economia do babaçu para todas quebradeiras de coco daqui”, disse Ildo Lopes de Sousa, presidente da cooperativa de pequenos produtores agroextrativistas de Lago do Junco.
A construção da agroindústria de refino de óleo de babaçu é uma parceria entre o Governo do Estado, por meio do Sistema de Agricultara Familiar (SAF); prefeitura de Lago do Junco; da Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco (Coopalj) e Associação em Área de Assentamento do Estado do Maranhão (Assema).
“É um investimento de quase R$ 1 milhão que vai oportunizar mais de 900 empregos diretos para quebradeiras de coco, além da industrialização do produto, que vai transformar o óleo em refinado”, afirmou Carlos Brandão.
Ele também destacou a parceria entre o Governo do Maranhão, que financiou os equipamentos, a prefeitura de Lago do Junco, que fez a terraplanagem do espaço, e a Cooperativa, que financiou o galpão.
“São três mãos juntas para gerar oportunidades, gerar renda para essas quebradeiras de coco que esperam isso há 28 anos”, completou.
Agroindústria
A usina tem capacidade de refino de 5 toneladas de óleo por dia. O produto, orgânico e refinado pode ser utilizado pela indústria alimentícia e cosmética. A expectativa é que sejam gerados 980 empregos diretos e 2 mil empregos indiretos.
O governo do Estado investiu R$ 570 mil, por meio do Sistema de Agricultura Familiar (SAF), o qual inclui, além da Secretaria de Agricultura Familiar, a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (Agerp-MA) e Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma – MA).
A atividade integra um conjunto de ações desenvolvidas pela Cadeia Agroextrativista do Babaçu, coordenada pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF). A iniciativa contempla sete municípios, beneficiando diretamente mais de 349 famílias e cerca de 1.680 indiretamente, com investimentos que totalizam mais de R$ 1 milhão, destinados aos produtores que exercem a agricultura tradicional e a extração de produtos do babaçu.
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