O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sagrima), vai implementar em 2016 o Programa de Matadouros Regionais do Estado do Maranhão (Promar). O projeto prevê, na etapa inicial, a construção de cinco abatedouros regularizados no Estado, já no primeiro semestre de 2016. A ação faz parte do Programa ‘Mais Produção’, na cadeia produtiva de carne e couro, e receberá um investimento de R$ 15 milhões. O benefício chegará à 56 municípios e 1,4 milhões de habitantes, o que corresponde a 21% da população maranhense.
Construídos nos municípios Caxias, Governador Nunes Freire, Igarapé Grande, Presidente Dutra e Santa Inês, os cinco matadouros mistos regionais, terão capacidade de abate de até 100 animais por dia, nas regiões de Timbiras, Pindaré, Pré-Amazônia, Médio Mearim e Baixo Turi. A pretensão é comercializar, mensalmente, mais de 4 mil toneladas de carne segura.
O desenvolvimento do Promar pretende oferecer condições aos criadores, em especial aos pequenos e médios, para abaterem seus animais com a garantia de segurança alimentar de carne das espécies bovina, bubalina, suína, caprina e ovina, desde a fazenda, até a mesa da população do Estado.
Entre os demais objetivos do Promar está a melhoria da saúde das famílias dos territórios beneficiados. A iniciativa deve assegurar qualidade, promover segurança alimentar e sanitária aos produtos oriundos da pecuária maranhense, equiparando-se aos padrões existentes no mercado mundial. “A construção de matadouros regionais é fundamental, não somente para o fortalecimento da cadeia produtiva da carne e couro, mas para a saúde da população maranhense. Ter um matadouro adequado e inspecionado significa ter carne com sanidade e qualidade, prevenindo doenças, abastecendo a região e gerando emprego e oportunidades”, ressalta o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Márcio Honaiser.
Termo de compromisso com municípios
Para dar início à efetivação do programa, o governo Flávio Dino está firmando termos de compromisso junto aos municípios que sediarão os empreendimentos. Eles deverão disponibilizar os terrenos, com dimensão mínima de 40 mil m² (4 hectares) cada um. A parceria prevê, ainda, que as prefeituras sedes e demais prefeituras dos territórios beneficiados, desenvolvam os próprios Serviços de Inspeção. Entre tais, está prevista a manutenção da atividade dos Serviços de Vigilância Municipal, identificação e embargo dos pontos de abate e comercialização de carnes clandestinos, divulgação do programa e realização de campanha educativa sobre carne segura.
A gestão de cada estabelecimento será terceirizada e caberá à diretoria executiva a responsabilidade pela manutenção e operacionalização, com vistas no cumprimento do bom desempenho dos locais. A utilização dos abatedouros será a partir de concessão de uso, por prazo determinado.
O programa vai suprir, ainda, a ausência de matadouros públicos com inspeção Federal no Maranhão. Dos 217 municípios, apenas as cidades de Timon, Açailândia, Imperatriz, Igarapé do Meio, Axixá e São Luís contam com a vistoria oficial. A inspeção sanitária nos abatedouros é fundamental porque visa diminuir, eliminar, prevenir e controlar por meio de análise de riscos sanitários, danos à saúde humana e animal. Dentre as medidas da ação está o destino adequado aos órgãos e carcaças de animais contaminados, interrompendo a cadeia de transmissão de zoonoses.
Mais Produção
O Governo do Maranhão lançou recentemente o Programa ‘Mais Produção’, que fortalece as cadeias produtivas e garante a geração de emprego e renda. O governador Flávio Dino anunciou investimentos de mais de mais de R$ 62 milhões para o setor produtivo. O aporte beneficiará 10 cadeias produtivas prioritárias, entre elas, a de couro e carne.
As ações do programa serão focadas no abastecimento do Estado e buscam autossuficiência, promovendo ainda o adensamento de cada cadeia e arranjos produtivos locais, para agregar valor aos produtos maranhenses, com a fins na geração de riqueza, emprego e renda.
Comentários