Uma comissão de professores aprovados do concurso público da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) foi recebida, na tarde desta segunda-feira (4), pelo procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia. Ele garantiu à comissão que o Governo do Estado não recuará na posse dos aprovados. 
O procurador-geral explicou que o concurso público é uma conquista histórica e resulta de dois acordos firmados com o Ministério Público (MP). “Nada justifica esse questionamento. Temos tranquilidade quanto à idoneidade do certame. É um concurso legítimo, inclusive com pouco questionamento por parte dos interessados”, disse. 
Os professores contaram que ficaram surpresos com a posição do MP em pedir a anulação do concurso, já que estiveram por duas vezes reunidos com o promotor Paulo Avelar e até então o único problema seria a semelhança de algumas questões. “O promotor dizia apenas que o único problema era quanto a similitude de algumas questões”, contou Fábio Soares Raposo, aprovado no concurso para lecionar Filosofia.  
 
Expectativa
Para a pedagoga Carla Mamede, mestre em Educação, aprovada para Atendimento Profissional Especializado, o Governo do Estado só tem a ganhar com o avanço do concurso público. “Antes, nunca houve nenhum concurso designando este cargo. Será um grande avanço, sobretudo para esta área nas escolas públicas estaduais, que terão um profissional capacitado para atender as crianças com necessidades especiais”, disse a professora. 
Para o professor de Filosofia, Fábio Soares Raposo, a expectativa é que a Justiça garanta o direito dos professores aprovados entrarem em atividade e com sua prática docente garantirem o direito à educação de milhares de estudantes maranhenses. “Já foi demonstrado por diversos argumentos da Procuradoria Geral do Estado que o concurso respeita todos os princípios éticos e constitucionais que regem a atividade administrativa, sobretudo os princípios da legalidade e da moralidade”, declarou. 
Já a professora de Sociologia, Andréa Joana de Sousa, questionou o posicionamento do Ministério Público diante da importância do concurso e das reuniões realizadas até agora. “O Ministério Público deveria ser o primeiro a ficar do lado dos professores que estudaram e garantiram uma vaga com esforço e dedicação”, comentou. 
Os professores contam ainda que muitos dos aprovados deixaram os empregos mediante a nomeação feita pelo governador Flávio Dino no final de março e por isso esperam que a decisão da Justiça seja favorável a centenas de educadores aprovados no concurso.